
Temos a tendência
de manter relacionamentos casuais de modo permanente, que nunca se tornam relacionamentos
de intimidade verdadeira. Nossas conversas quase sempre são superficiais e um
tanto na defensiva. Falamos sobre política, esportes e diversão. Mesmo que não
haja nada de errado com isso, estamos escondendo quem realmente somos. Temos o
hábito de cumprimentar perguntando como vai, mas será que estamos realmente
interessados em saber sobre a pessoa, ou estamos realmente dispostos a
responder com sinceridade? (TRIPP, 2009, p.224-225)
Somos hábeis em conversas
que contém novidades, ficamos presos na superficialidade em nossos
relacionamentos para nos proteger, pois ficamos imaginando o que as pessoas
pensariam se realmente nos conhecessem.
Os melhores
relacionamentos são construídos no alicerce da confiança mútua e do falar a
verdade um para o outro. O problema é que estamos mais preocupados em
aconselhar o problema do que as pessoas. Queremos mostrar os erros que levaram
a pessoa a tal situação, mas não queremos estar ao seu lado, estar com ela no
momento de crise.
Estamos nos
escondendo atrás da dificuldade e das pressões, estamos mais impressionados com
a nossa justiça do que horrorizados com o nosso pecado. Precisamos de pessoas
que nos amem o bastante para nos fazer perguntas, escutar mais, e isso não é
ser invasivo. Isto é ajudar pessoas cegas a abraçarem a Cristo.
Como seremos relevantes
no cuidado de uns para com os outros? Como deixaremos de fazer acepção de
pessoas e sermos fortalecidos no poder do Senhor? Como seremos servos e
prisioneiros de Cristo, livres e desembaraçados, para o ministério de
embaixadores do evangelho? Como poderemos nos ajudar mutuamente, se estivermos
marcados por uma luta carnal, mundana e demoníaca? Como pensaremos a mesma
coisa, se discordamos e nos debatemos em termos da doutrina que deveria gerir
nosso pensamento? Como nos amaremos, seremos unidos e abrigaremos o mesmo
sentimento, se seguimos o chavão popular do amor por si mesmo e autoestima? (GOMES,
2012, p.124-125)
Da próxima vez que
você disser: “Como vai?”, esteja preparado para tomar tempo e ouvir a resposta;
da próxima vez que quiser ser ouvido, em pouco tempo que seja, procure um irmão
que saiba amar, e fale com o coração (jamais expondo as vergonhas intestinas).
“E certo estou,
meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de
bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos
outros” (Rm 15:14)
REFERENCIAL
TEÓRICO:
TRIPP, Paul David.
Instrumentos nas Mãos do Redentor: Pessoas
que Precisam Ser Transformadas Ajudando Pessoas que Precisam de Transformação.
São Paulo: NUTRA, 2009, p. 221-247.
GOMES, Wadislau. Quem
cuida de quem cuida? São Paulo: Cultura Cristã, 2012, p.124-125.
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