
Pelo
contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se
aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.
Espera, ó
Israel, no SENHOR, desde agora e para sempre”
(Salmos
131:1-3)
Ao ler
este salmo pensei: Senhor, como posso me apropriar das palavras de Davi e dizer
que meu coração não é soberbo, que meus olhos não são altivos, que não estou a
procura de coisas que estão fora do meu alcance? Como posso dizer que minha
alma está tranquila e sossegada, e que minhas esperanças estão somente em Ti?
Virei o
salmo ao avesso (antisalmo) e entendi que para começar a viver estas palavras
preciso compreender que:
“Senhor,
Meu
coração é soberbo (quero reconhecimento, quero minha vontade, quero glória,
quero que Deus faça o que eu quero, quero ser Deus).
Meus
olhos são altivos (desprezo outras pessoas, pois o olhar altivo diz: “sou
melhor que você”, até mesmo quando me sinto com baixa autoestima julgo os
outros e os trato com inveja, ódio e críticas, seja como for o orgulho me
ensina sempre a encontrar alguém a quem desprezar).
Corro
atrás de coisas grandes e difíceis demais para mim, e isso acontece de forma
natural, como uma criança faminta, birrenta e agitada no colo de sua mãe, como
esse bebê estou inquieto com minhas exigências e preocupações. Isso faz com que
acabe me machucando de alguma forma.
Todo
momento derramo minhas esperanças sobre qualquer coisa, ao invés de confiar e
esperar somente em Ti”
Meu
próprio egoísmo e senso de direito contribuem para ampliar ofensas mínimas
tornando-as em crimes capitais. Meus próprios pecados provocam outros a pecarem
contra mim em resposta, fazendo com que colha aquilo que plantei.
Senhor,
“...fiz
calar e sossegar a minha alma...”, aprendi que essa calma interior não é
espontânea, mas é alcançada de forma proposital e consciente. Essa calma
interior vem em meio a ação, aos relacionamentos e aos problemas. Essa calma
interior é uma forma de autodomínio por meio da sua graça.
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