Muitas
vezes falamos de maneira a ferir as pessoas, quando a ordem é somente
confrontar a verdade em amor (Ef 4:15,16), e como consequência deixamos de
santificar o nome do Senhor (Êx 17:6; Nm 20:8-11).
Necessitamos
da ajuda de Cristo e sua Palavra para interpretar os fatos de nossa existência.
Assim como exercemos influência na vida das pessoas, também somos influenciados
por todo tipo de conselhos todos os dias. A questão não é quem está falando,
aconselhando ou dando opiniões, porque todos nós estamos fazendo isso em nosso
cotidiano o tempo todo, mas a questão central é se esses conselhos, pensamentos
e opiniões estão enraizados na revelação do Criador, pois todo conselho é
moral. Somente pelo espelho da Palavra de Deus à minha frente é que eu posso me
enxergar de maneira clara e precisa, caso contrário, eu escutarei meus próprios
argumentos, acreditarei em minhas próprias mentiras, e aceitarei meus próprios
enganos.
Todos
nós lutamos com a cegueira espiritual e por isso defendemos, desculpamos,
racionalizamos, reformulamos e explicamos nosso pecado. Fazemos alegações plausíveis
de algo que aparenta ser verdadeiro, mas na verdade é falso, por ser um sofisma
(2Co10:3-5). O pecado não é somente algo que praticamos de forma obstinada, ou
seja, um passo consciente fora dos limites estabelecidos por Deus. O pecado é
também cegueira, isto é, não ver o que deve ser visto para viver como Deus me
chamou para viver (Sl 36:2-4). “O pecador é um tanto voluntariamente cego
quando cegamente voluntarioso”.
O
problema é que para maioria das pessoas, o seu ponto de partida é a sua
experiência, pois elas têm a tendência de ver a vida através das lentes da sua
história pessoal, de suas suposições e desejos. Quando interpretamos a vida
através das lentes da nossa própria experiência, acabamos fazendo o mesmo com a
Palavra de Deus. A experiência pessoal, e não as Escrituras, controla a visão
que nós temos do mundo. As Escrituras devem se tornar a base para interpretar a
vida, e não vice-versa.
As
questões mais profundas do conflito humano não são questões de dor e
sofrimento, mas a questão da adoração, porque o que governa nossos corações
controlará a maneira pela qual reagimos tanto ao sofrimento quanto à benção.
A
maioria das pessoas buscam mudança, mas raramente tem o coração como alvo.
Querem mudança em suas circunstâncias, nas outras pessoas e nas suas emoções,
porém, quando a ênfase é colocada somente nas circunstâncias externas as
soluções serão superficiais e temporárias
O
alvo de mudança é o coração, pois quando falho ao examinar meu coração e as
áreas que precisam de mudança, meu empenho, quer no ministério pessoal, no
trabalho ou na família, só resultará em comprometimento maior com a idolatria.
Por
mais importantes sejam os meus questionamentos e problemas, Deus diz que vai
tratar primeiro dos meus ídolos, por mais importantes e urgentes sejam as
decisões que eu precise tomar, Deus quer falar primeiro a respeito da minha
idolatria (Ez 14:1-5).
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