sábado, 25 de abril de 2020

O que realmente está errado?

Muitas vezes falamos de maneira a ferir as pessoas, quando a ordem é somente confrontar a verdade em amor (Ef 4:15,16), e como consequência deixamos de santificar o nome do Senhor (Êx 17:6; Nm 20:8-11).

Necessitamos da ajuda de Cristo e sua Palavra para interpretar os fatos de nossa existência. Assim como exercemos influência na vida das pessoas, também somos influenciados por todo tipo de conselhos todos os dias. A questão não é quem está falando, aconselhando ou dando opiniões, porque todos nós estamos fazendo isso em nosso cotidiano o tempo todo, mas a questão central é se esses conselhos, pensamentos e opiniões estão enraizados na revelação do Criador, pois todo conselho é moral. Somente pelo espelho da Palavra de Deus à minha frente é que eu posso me enxergar de maneira clara e precisa, caso contrário, eu escutarei meus próprios argumentos, acreditarei em minhas próprias mentiras, e aceitarei meus próprios enganos.

Todos nós lutamos com a cegueira espiritual e por isso defendemos, desculpamos, racionalizamos, reformulamos e explicamos nosso pecado. Fazemos alegações plausíveis de algo que aparenta ser verdadeiro, mas na verdade é falso, por ser um sofisma (2Co10:3-5). O pecado não é somente algo que praticamos de forma obstinada, ou seja, um passo consciente fora dos limites estabelecidos por Deus. O pecado é também cegueira, isto é, não ver o que deve ser visto para viver como Deus me chamou para viver (Sl 36:2-4). “O pecador é um tanto voluntariamente cego quando cegamente voluntarioso”.

O problema é que para maioria das pessoas, o seu ponto de partida é a sua experiência, pois elas têm a tendência de ver a vida através das lentes da sua história pessoal, de suas suposições e desejos. Quando interpretamos a vida através das lentes da nossa própria experiência, acabamos fazendo o mesmo com a Palavra de Deus. A experiência pessoal, e não as Escrituras, controla a visão que nós temos do mundo. As Escrituras devem se tornar a base para interpretar a vida, e não vice-versa.

As questões mais profundas do conflito humano não são questões de dor e sofrimento, mas a questão da adoração, porque o que governa nossos corações controlará a maneira pela qual reagimos tanto ao sofrimento quanto à benção.

A maioria das pessoas buscam mudança, mas raramente tem o coração como alvo. Querem mudança em suas circunstâncias, nas outras pessoas e nas suas emoções, porém, quando a ênfase é colocada somente nas circunstâncias externas as soluções serão superficiais e temporárias

O alvo de mudança é o coração, pois quando falho ao examinar meu coração e as áreas que precisam de mudança, meu empenho, quer no ministério pessoal, no trabalho ou na família, só resultará em comprometimento maior com a idolatria.

Por mais importantes sejam os meus questionamentos e problemas, Deus diz que vai tratar primeiro dos meus ídolos, por mais importantes e urgentes sejam as decisões que eu precise tomar, Deus quer falar primeiro a respeito da minha idolatria (Ez 14:1-5).

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