Não somente a cultura secular tem aceitado cada vez
mais a homossexualidade como estilo de vida alternativo, como também muitos na
igreja têm assumido uma postura tanto conivente quanto também praticante de atos homossexuais.
A homossexualidade é uma antítese da
heterossexualidade, pois é contrária ao plano de Deus para o casamento e
família em seu nível mais básico (Gn 1:27,28; 2:24). Ao escrever aos romanos,
Paulo relaciona a homossexualidade como uma das consequências morais indesejados
do pecado de rejeitar a Deus (Rm 1:26-28,32).
Aqueles que desprezam o conhecimento de Deus, são
entregues a uma disposição mental reprovável para praticarem coisas erradas,
inclusive algo considerado “contrário a natureza” (Rm 1:26). Devido a essa
rejeição a Deus, Deus entregou a humanidade depravada “ao desejo ardente de
seus corações, para desonrarem seus copos entre si; pois substituíram a verdade
de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador” (Rm
1:24-25).
Paulo termina essa seção em Romanos 1 acusando
formalmente essas pessoas que “conhecendo bem o decreto de Deus, que declara
dignos de morte os que praticam essas coisas, não somente as fazem, mas também
aprovam o que as praticam” (v.32). O
julgamento é pronunciado não apenas sobre quem pratica a homossexualidade, mas
sobre quem é conivente com a sua prática.
Duas leis do Código Civil de Santidade que tratam
especificamente da homossexualidade são Levítico 18:22 (“Não te deitarás com homem,
como se fosse mulher; é abominação”) e 20:13 (“Se um homem se deitar com outro
homem, como se fosse com mulher, os dois terão praticado abominação; certamente
serão mortos; serão culpados da própria morte”). A mesma pena que Deus havia
aplicado para Sodoma e Gomorra (Gn 18-19; Jd 7).
Paulo também instruiu os coríntios a não se
associarem com pessoas sexualmente imorais, nesta passagem é importante frisar
que, ele não estava dizendo para os imorais do mundo, mas os imorais que se
dizem cristãos, ou irmãos na fé (1 Co 5:9-11). Os cristãos não deveriam sequer comer
com eles, pois deveriam ser expulsos do seu meio na esperança de que houvesse
arrependimento e restauração.
Paulo declara que “nem imorais, nem idólatras, nem
adúlteros, nem os que se submetem a práticas homossexuais (ativo e passivo),
nem os que as procuram, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
caluniadores, nem os que cometem fraudes herdarão o reino de Deus” (1 Co
6:9-10; 5:10).
Daí ele acrescenta um dos versículos mais lindos da
Bíblia: “Alguns de vós éreis assim. Mas fostes lavados, santificados e
justificados em nome do Senhor Jesus e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6:11).
Isto significa que uma pessoa pode ter sido
influenciada por muitos anos de sua vida a praticar atos imorais contra o seu
corpo, porém estas experiências não ditam a realidade de ninguém, ou seja, não tem
poder de determinar quem ela é.
A fonte intelectual da ideia de que nossas
experiências do passado determinam nossa visão de Deus, dos outros e de nós
mesmos provém da psicologia psicodinâmica. Essa ideia foi desenvolvida por
Sigmund Freud e Erik Erikson. A teoria da psicodinâmica tem influenciado muitas
pessoas, até mesmo cristãs, a dizerem que suas experiências do passado
justificam viver no engano no pecado.
Uma pessoa pode ter sido vítima de abuso sexual na
infância e ter vivido experiências dolorosas no passado, porém os sofrimentos,
o diabo ou Deus não produzem nossos pecados. Somos atraídos pela nossa própria
cobiça (Tg 1:2,14). As tentações e provações não modelam nossos pecados nem
tornam vazio nosso coração. Pelo contrário, o passado oferece um contexto onde
o coração ativo e obstinado se revela e se expressa (David Powlison – Uma nossa
visão). Os sofrimentos de infância podem ser perturbadores, mas a tendência de
cair em tentações não surge de causas externas, mas de dentro de nós.
Paulo deixa claro que alguns membros da igreja de
Corinto eram ex-homossexuais (1 Co 6:11), uma indicação de que, em Cristo, a
transformação real de homossexuais é algo possível. Eles foram lavados e
purificados de seus pecados, separados (santificados) para Deus e para o seu
serviço. Foram declarados justos (justificados) em Cristo, pelo Espírito.
Suas palavras dão esperança a todos os homossexuais
dispostos a se arrepender do pecado e se apropriar do perdão que Cristo oferece
e de seu poder de transformar vidas.
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