John Bradford, pastor inglês e mártir da Reforma
(1510-1555), de sua cela na prisão da torre de Londres, viu um criminoso sendo
levado à execução por seus crimes. As palavras que Bradford disse são
memoráveis: “Não fosse pela graça de Deus, ali iria John Bradford”.
Já ouvi muitas pessoas dizerem: “Eu perdoo meu
ofensor, mas ele tem que pagar pelo que fez”. Muitos cristãos professos se
esquecem de que também são pecadores, se esquecem de que ainda há um pecado
remanescente neles, e se não fosse pela graça eles pecariam tanto quanto seus
ofensores”.
“O coração é
mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz
de compreendê-lo?” (Jeremias 17:9)
“Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós
um perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes
exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje,
par que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” (Hb 3:12,13)
Os Cristãos precisam tomar cuidado com os perigos
do coração. Quando perceber alguma fala desse tipo: “Eu nunca faria aos outros
aquilo que ele fez”, “Não consigo acreditar que ele fez isso”, “Eu nunca teria
feito isso com ele”, é preciso estar atento, pois essas pessoas correm grande
perigo por estarem ignorando seu próprio pecado e julgando outros. Quando Deus
ouve essas palavras certamente estremece.
Que certeza podemos ter que nunca poderíamos
cometer determinado pecado?
A igreja brasileira tem sido influenciada por
líderes religiosos que se alegram com a prisão de políticos corruptos. Essa
nunca será uma atitude cristã. A prisão, a morte ou a exclusão de alguém jamais
deveria ser motivo de alegria para um crente (Ez 33:11). Com isso não quero
dizer que corruptos não devam ser presos, pelo contrário, devemos incentivar e
promover a justiça com todos os meios possíveis, mas nunca se alegrar com a
condenação de alguém, devemos nos alegrar em vê-los arrependidos.
É por este motivo e outros, que a prática da
disciplina nas igrejas têm tido um propósito ou um fim de punição, quando
deveria ser para restauração de pessoas.
“O orgulho vem antes da destruição; o espírito
altivo, antes da queda” (Provérbios 16:18)
“Assim aquele que julga estar firme, cuide-se para
que não caia” (1 Co 10:12)
Quando compreendemos o verdadeiro evangelho,
entendemos que, a não ser pela graça de Deus, não seríamos melhores que o homem
ou a mulher que pecou contra nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário