A mulher
como auxiliadora é um conceito-chave que se perdeu nos casamentos modernos. É
uma chave que se desapareceu do pensamento contemporâneo. A mulher não se
considera mais uma auxiliadora. Pelo contrário, muitas mulheres pensam que elas
é que devem ter um auxiliador. A mulher moderna pensa que ocupa exatamente o
mesmo lugar do marido.
É
precisamente por considerar-se uma auxiliadora que a mulher se liberta.
Movimentos feministas que não reconhecem esta verdade acabam por sujeitar,
totalmente, a mulher a uma vida de servidão. Ela encontrará liberdade em
compreender sua função correta diante de Deus e de seu marido e em viver de
acordo com essa função (ADAMS, 2011, p.66-67).
A mulher
foi criada para auxiliar seu marido, e não o contrário (Gn 2:18). Como
auxiliadora, ela complementa o homem e se adapta a ele.
CASAMENTO
E MATERNIDADE COMO VOCAÇÃO DA MULHER
Na
Bíblia, a maternidade é exaltada como vocação suprema e privilégio da mulher.
Afastar-se do lar é ceder à tentação de Satanás de maneira semelhante à forma
como Eva ultrapassou seus limites na Queda original (1 Tm 2:14-15).
Esse posicionamento revela a natureza não bíblica do feminismo que promove a igualdade dos sexos entendida como similaridade e incentiva as mulheres a abrirem mão de sua vocação dentro do lar a fim de encontrar realização própria em uma carreira fora do lar (KOSTEMBERGER; JONES, 2011, p.115-116).
É
justamente ao participarem de seu papel em relação a família que as mulheres
cumprem sua vocação principal. Com isso não quero dizer que a esposa não possa
trabalhar, pois quando lemos sobre a mulher virtuosa em Provérbios 31, vemos o
relato de uma mulher de grande desenvoltura, fonte de força e benção para seu
marido e filhos. “Mulher companheira fiel, diligente e esforçada, vigorosa e
ativa, que reaplica a renda dos seus negócios domésticos, demonstra sabedoria
no modo de falar, teme a Deus em vez de fiar se na própria beleza física”.
A chave para determinar se um emprego é apropriado ou não é simplesmente em saber se o emprego ajuda ou prejudica a família. Esse é o ideal de mulher liberta! Essa é a mulher feliz e realizada! Seus dons e talentos não são reprimidos, sua personalidade não está sendo esmagada, mas suas habilidades em negócios e trabalhos estão sendo usados para a família e sua submissão ao marido é exatamente sua liberdade.
Submissão não elimina liberdade, pelo contrário, cria maiores oportunidades para que ela ocorra, pois essa é a estrutura criacional de Deus, e aqueles que menosprezam a ordem da criação apelando a cultura moderna, dizendo que os tempos são outros, e esses textos não se aplicam mais em nossa época desprezam a ordem da criação. A mulher se submete à missão de esposa, e à “missão de mãe” (1Tm 2:15), que é a de ser “auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18b).
LIDERANDO
EM GRAÇA E SUBMETENDO EM FÉ – Efésios 5:21-32
“...sujeitando-vos
uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5:21).
Devemos
submissão uns aos outros, no contexto amplo da igreja e no casamento. Isso significa
que o marido deve submeter sua liderança à esposa e esta, por sua vez, deve
receber sua liderança com submissão. A submissão da mulher não deve ser
entendida com uma de escravidão ao marido, pois, como Paulo diz em Gálatas 5:1
e Pedro diz e 1 Pedro 2:16, nós fomos chamados por Cristo para a liberdade e
não para um novo jugo de escravidão, caso contrário seria melhor ficar
solteiro.
Liderar não
é o mesmo que governar. O marido não governa a esposa, pois o termo governar
provém da maldição do pecado, e é um pecado: “O teu desejo será para [contra]
teu marido, e ele te governará” (Gn 3:16b). A esposa não é escrava do desejo de
seu marido, mas seu desejo está em Deus (Sl 37:4-5). O marido deve liderar em
favor da esposa. Amar é dar. Amor é coisa que recebemos somente de Deus a fim
de conceber ao próximo. O marido também é “esposa de Cristo”, submisso a missão
proposta por Deus na sua vida em geral, em particular e no casamento (GOMES,
2014, p.34,47-48)
A mulher
é a glória do homem! (1Co 11:7). Assim como Deus se movimenta em graça em
direção ao homem e este se movimenta em fé para recepção da graça, o homem
lidera em graça e a mulher se submete em fé.
O marido
propicia à mulher o entendimento e a prática da liderança de Deus (graça), e a
mulher propicia ao marido a prática e o entendimento da submissão devida a Deus
(fé).
REFERENCIAL TEÓRICO
ADAMS,
Jay. A Vida Cristã no lar. 2. ed. São
José do Campos: Fiel, 2011.
KOSTEMBERGER,
Andreas; JONES, David. Deus, Casamento e
Família: Reconstruindo o Fundamento Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2011.
GOMES,
Wadislau. Um Marido olhando a sua Esposa. Brasília: Monergismo, 2014.
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