“São
os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será
luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas
serão!” Mt 6:22-23

O nascimento
de Sansão – Jz 13:1-5
Tendo os
filhos de Israel tornado a fazer o que era mau perante o SENHOR, este os
entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos. Havia um homem de Zorá, da
linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos.
Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca
tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. Agora, pois, guarda-te,
não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; porque
eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará
navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de
sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.
O voto de
Nazireu
O Termo nazireu vem de uma palavra hebraica que
significa “separar, consagrar”, os nazireus consagravam-se de maneira especial ao
Senhor. Em Números 6:1-21 diz que os nazireus tinham que se abster de vinho e
de bebida forte, nem comer uvas frescas e nem secas. Não podiam comer coisa
alguma que se fazia da vinha, deixando crescer livremente o cabelo não podendo
cortá-lo. Eles também não podiam tocar nem se aproximar de nenhum cadáver, nem
mesmo dos membros da sua família para não se contaminarem.
Sansão tinha
uma missão em sua vida, que era começar a livrar o povo de Israel das mãos
dos Filisteus. Quando Israel conquistou a terra de Canaã o povo filisteu
deveria ter sido exterminado como Deus ordenara, como Israel não obedeceu a
Deus, estes os incomodaram por muitos anos.
O
Crescimento de Sansão – Jz 13:24-25
Depois, deu a
mulher à luz um filho e lhe chamou Sansão; o menino cresceu, e o SENHOR o
abençoou. E o Espírito do SENHOR passou a incitá-lo em Maané-Dã, entre Zorá e
Estaol.
Sansão cresceu com a benção de Deus, o Espírito de
Deus o despertou para sua missão, pois ele crescia nos ensinamentos da Lei de
Deus e em consagração.
O casamento
de Sansão – Jz 14:1-20 (Sansão
transgride a lei de Deus e se contamina)
Sansão cresce! E como todo jovem Sansão quer
conhecer coisas novas, experimentar coisas que ele ainda não havia provado, ter
novas experiências. É aí que começa a decadência da vida consagrada de Sansão.
Sansão começa a trazer para sua vida tudo aquilo que os seus olhos desejam, não
importando mais com a Lei de Deus. Ele começa a desprezar os ensinamentos de
Deus desobedecendo a seus pais. Sansão desce para região de Timna e ali avista
uma moça, filha dos filisteus. Esta moça agradou os olhos de Sansão e ele a
pediu em casamento. Aqui começa a decadência de Sansão, pois neste relato
Sansão transgride a lei de Deus pela primeira vez quando resolve se casar com
uma filistéia. Em Deuteronômio 7:1-3 diz que o povo de Israel não poderia fazer
aliança com outra nação, muito menos uma aliança matrimonial com os filhos
dessas nações. Sansão conhecia muito bem a lei e não se importou em agradar a
Deus e sim o seu próprio coração. Este foi o primeiro erro de Sansão. Logo em
seguida Sansão comete o segundo erro, passar pelas “vinhas de Timna”. Como vimos no início do estudo Sansão era
nazireu, e o que ele era proibido de comer e beber? Tudo o que provinha da uva.
O que será que levou Sansão a passar por este caminho? Ele desceu com seus
pais, provavelmente ele se desviou do caminho deles dando alguma desculpa e foi
pelo caminho que agradava seu coração. Neste caminho ele encontrou seu primeiro
obstáculo, um leão novo que saiu ao seu encontro. Mas o Espírito Santo de Deus
deu forças para Sansão vencer seu inimigo. Este leão parece mais uma
advertência, mas será que Sansão entendeu assim? Creio que não, pois logo em
seguida Sansão comete outro erro, ele se
contaminou tocando em um cadáver. Depois de algumas semanas Sansão volta
pelo mesmo caminho para visitar sua noiva, e ali encontra o corpo do leão.
Provavelmente se gabando pelo seu feito. Ali ele avistou um enxame de abelhas
com mel sobre o leão. Tomou o favo de mel e foi andando e comendo e ainda deu
aos seus pais sem que eles soubessem de onde vinha aquilo. Sansão se divertia
com seu pecado. Sansão foi vencido pela concupiscência
da carne (apetite sensual) quando desejou aquela mulher, pela concupiscência dos olhos (grande desejo de
bens materiais) quando passou pelas vinhas e pela soberba da vida quando voltou para ver o leão morto e se contaminou
com ele.
“porque tudo
que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (1 Jo 2:16).
O Enigma de
Sansão - Sansão brinca com o seu pecado
Como não bastasse, Sansão faz um banquete para
celebrar seu casamento. Sansão deveria estar guerreando com seu inimigo e não
se aliando com ele. No banquete Sansão cria um enigma para ser decifrado, e
quem decifrasse receberia um prêmio. Seu enigma era: “Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura” (Jz 14:14). Sansão agora brinca de fazer xaradas com o seu
pecado. Hoje em dia tenho observado muitas vidas entregues a vícios como
cigarros, bebidas, drogas e tiram sarro como “o que não mata engorda” e por aí
vai. Sansão brincou e no fim só lhe restou uma saída, custou um preço muito
alto.
Como ninguém conseguiu decifrar o enigma de Sansão,
os filisteus disseram para a noiva de Sansão o persuadir para lhes revelar seu
segredo. Foi dito e feito, ela o incomodou tanto que Sansão lhe contou seu
segredo. Podemos aprender com o erro de Sansão três coisas, como o nosso
inimigo age, ela o:
- O seduziu
- O dominou
- E o traiu
É assim que nosso inimigo age em nossos vidas,
primeiro ele nos seduz naquilo em que somos fracos, ou seja, em nossa própria
cobiça, depois nos domina e assim nos trai. É aí que descobrimos que fomos
iludidos, enganados. Sansão poderia ter aprendido com esta experiência uma lição
grandiosa em sua vida, pois foi exatamente o que Dalila iria fazer com ele
tempos depois. Quantas experiências teremos que passar para aprendermos a
lição? Uma hora esta força vai acabar.
Sansão põe
fogo às searas dos filisteus – A vingança de Sansão
Sansão não lutou contra os filisteus pela causa de
Israel, mas, pelos seus conflitos pessoais.
Depois de descobrirem seu enigma Sansão matou
trinta homens e voltou para casa de seus pais. Quando voltou para buscar sua
noiva seu sogro havia entregado ela ao seu companheiro, pelos tantos problemas
que havia causado. Sansão se enfureceu com isso, e colocou fogo nas searas dos
filisteus. Amarrou tochas na calda de trezentas raposas e as soltou nas searas
queimando tudo que havia ali. Sansão não lutou com a nação ao seu lado,
diferente de Neemias e Davi, que lideraram o povo para reconstruir os muros de
Jerusalém e guerrear contra os próprios filisteus, pois ele lutava sozinho e
pelos seus interesses pessoais. Não foi sem motivo que o povo de Judá entregou
Sansão amarrado para os filisteus. Vemos aqui pela primeira vez um Juiz sendo
entregue pelo seu povo nas mãos do inimigo devido aos grandes problemas que ele
causava. Sansão deveria estar unindo a nação para guerrear e não planejando um
casamento.
Sansão conhece
Dalila – Jz 16:1-22
“Depois
disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se
chamava Dalila” (Jz 16:4). Dalila vem do termo hebraico “dalal” que
significa “enfraquecer, empobrecer”.
Depois de Sansão ter matado mil homens com uma queixada de jumento, ele se
envolve com uma prostituta em Gaza. Sansão inicia novamente seu ciclo de
falhas. Ao contaminar-se com a prostituta, Sansão conhece Dalila, uma mulher do
vale de Soreque (ficava entre Zorá e Timna na fronteira de Judá com a Filístia).
Lá existiam as maiores casas de prostituição. Sansão mergulhou de cabeça na
sujeira sexual dos filisteus. Os príncipes dos filisteus ofereceram dinheiro
para que ela viesse a persuadir Sansão para descobrir de onde vinha sua força e
qual era o seu segredo. Mais uma vez a história se repete, Sansão é novamente:
- Seduzido
- Dominado
- E traído
Dalila persuadiu Sansão três vezes, e não conseguiu
arrancar dele seu segredo.
Primeira
tentativa: Dalila amarra Sansão com sete tendões frescos;
Segunda
tentativa: Dalila amarra Sansão com cordas novas, jamais usadas antes;
Terceira
tentativa: Dalila tece as sete tranças do seu cabelo com a urdidura da teia
e prende em pino de teares;
Repare que na terceira tentativa, Sansão deu a dica
de onde vinha sua força. Sansão mais uma vez brincou com aquilo que
representava sua consagração a Deus.
Sansão não sabia que em todas estas tentativas os
inimigos estavam eu seu quarto, e quando Dalila gritava que os filisteus
estavam chegando ele se libertava com facilidade.
Dalila começou a importunar Sansão de tal maneira
que apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar (Jz 16:16). Neste
instante Sansão conta a Dalila seu segredo.
“Descobriu-lhe
todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu
de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a
minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem” (Jz 16:17).
Quarta
tentativa: Dalila fez dormir Sansão em seus joelhos e tendo chamado um
homem este veio e lhe raspou as sete tranças.
“E disse ela:
Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse
consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não
sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram
nele, e lhe vazaram os olhos, e o
fizeram descer a Gaza; amarraram-no
com duas cadeias de bronze, e virava um
moinho no cárcere” (Jz
16:20-21).
O pecado faz isso em nossas vidas:
- Cegar
- Amarrar
- Moer
Sansão agora era espetáculo para os filisteus, pois
eles o prenderam no cárcere e davam uma festa em comemoração pela sua
conquista, pois louvavam seu deus Dagom. Chamaram Sansão e se divertiam
zombando dele. Que triste fim, uma luz que terminou em trevas. Sansão foi
perdendo pouco a pouco tudo que ele tinha para seu inimigo, até que o Senhor já
não estava mais com ele para o livrar. Quando entristecemos o espírito Santo de
Deus nossa vida fica assim, nós perdemos aquela força que tínhamos, a alegria, a
paz, o amor, o domínio próprio, pois tudo isso procede do espírito.
“Mas o fruto
do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5:22-23).
Sansão clamou ao Senhor que lhe desse forças pela última
vez para terminar com aquela humilhação, e Deus concedeu, e ele morreu com
todos que estavam ali, chegando a três mil o total de pessoas mortas. É isso
que o Diabo quer fazer com as nossas vidas, tirar tudo que é consagrado ao
Senhor, para que sejamos espetáculo aos olhos das pessoas.
Sansão morreu de forma humilhante, desonrou o nome
de Deus, envergonhou sua família e toda a nação. Muitos de nós estão se
suicidando dia após dia, aos poucos.
Não espere estar em um leito de hospital para se
arrepender de seus pecados e morrer. Sansão só foi enxergar isso depois de ter
perdido seus olhos, aquilo que lhe fez tropeçar a vida toda. Viva o melhor desta
terra, ame ao Senhor de todo o coração, preserve
seu caráter SANTO E MORAL.
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