terça-feira, 2 de agosto de 2022

Cinco conselhos de Salomão para você se levantar e viver, ao invés de ficar sentado e lamentando (Eclesiastes 9:7-9)

 

Os cristãos devem ser encorajados a viver confiantes e alegres nas promessas de Deus, e não desanimarem com relação aos planos de Deus que não foram revelados para nós nesta vida. Nossos dias estão contados e determinados por Deus (Jó 14:5; Sl 139:16), mas ele não nos revelou o dia e nem a hora que iremos morrer. A vida é imprevisível, ou seja, não podemos prever o dia que iremos morrer, nem o que irá acontecer conosco no futuro, mas podemos viver pela fé e desfrutar das bênçãos que Deus nos dá trabalhando com a sua força e sabedoria, ao invés de vivermos ociosos e desordenados.

O ansioso pensa no futuro com pouca ou nenhuma esperança, ele interpreta a vida como se Deus não cumprisse suas promessas (1Co 10:13; 2Co 12:8,9). Antecipar um sofrimento futuro é deixar de confiar na graça que Deus promete àqueles que sofrem no presente, desconfiando de que Deus os ajudará nos problemas de amanhã (Mt 6:34). Mesmo sabendo que a vida é imprevisível, e que a morte pode chegar a qualquer momento, o cristão não deve deixar de desfrutar das bênçãos de Deus no presente.

Nem todo tipo de sofrimento é originado por um pecado pessoal, por isso não podemos concluir como os três amigos de Jó concluíram incorretamente que ele estava sofrendo porque devia ter pecado gravemente. É cruel aumentar a dor de pessoas oprimidas dizendo que estão sendo alvo da ira ou do juízo de Deus por causa dos eventos que estão ocorrendo em sua vida (Ec 9:1; Jo 9:1-3).

As coisas nem sempre são o que parecem ser. Não devemos concluir que Deus odeia aqueles que são afligidos por adversidades e que ama aqueles que recebem prosperidade. Os crentes devem andar pela fé, mesmo que muitos fatos ou aparências externas sejam difíceis de explicar no momento, o cristão deve viver confiando nas promessas de Deus.

Todos nós temos um destino em comum aqui na terra (a morte e a sepultura), mas não temos o mesmo destino na eternidade, ou seja, ainda teremos de encarar um último inimigo, e “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15:26), e precisamos decidir em vida como vamos lidar com ele. Lembre-se, o conhecimento das promessas de Deus traz esperança e alegria a respeito das coisas futuras (1Ts 4:13).

As pessoas costumam fazer de tudo para escaparem da realidade da morte, exceto se arrepender. Se embriagam, brigam com os parentes, dirigem sem qualquer cuidado, esbanjam dinheiro com coisas inúteis e mergulham de cabeça em prazeres imorais. Estas tentativas somente as distraem da verdadeira batalha, pois o “último inimigo” a ser vencido continua sendo real e presente. Pare de fugir, encare agora mesmo o “último inimigo” com honestidade se arrependendo dos seus pecados e confessando Jesus Cristo como seu único salvador. Você já fez isso?

Quando andamos pela fé, não precisamos temer nosso “último inimigo”, pois Jesus Cristo venceu a morte (Ap 1:17-18). Resista a tendência de preocupar-se de maneira desequilibrada e deprimir-se por causa da imprevisibilidade da vida. Levante-se e viva as bençãos de Deus trabalhando com a sua força e sabedoria, ao invés de ficar sentado lamentando. Reconheça as bençãos de Deus como dons, e peça a ele que o capacite para desfrutá-las de maneira correta, com pureza em todas as áreas de sua vida.

O termo “vai, pois” em Eclesiastes 9:7 é um convite de Salomão para se levantar e viver, ao invés de ficar sentado e lamentando. Mesmo sabendo que a vida é imprevisível, e que a morte pode chegar a qualquer momento, desfrute das bênçãos de Deus do presente. Como vimos, Salomão dá cinco conselhos: 1) como o seu pão, 2) beba o seu vinho, 3) vista as suas roupas alvas, 4) lave a cabeça com óleo, e 5) goze do conforto do lar e do amor de sua esposa. A razão de você seguir estes conselhos está no verso 7: “pois já Deus se agrada das tuas obras”. Deus criou a vida humana desde o início como algo bom e deseja que os seres humanos tenham prazer legítimo em estar vivos.

Desfrute suas refeições: Pão e vinho representam conforto e ânimo, faça refeições prazerosas e tranquilas. A coisa mais importante no cardápio é o amor da família, pois o amor transforma uma refeição comum num banquete. “Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio” (Pv 15:17). “Melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” (Pv 17:1).

Desfrute cada ocasião: as vestes alvas e óleo são símbolos de alegria e pureza, faça comemorações alegres em família. Façam de toda ocasião uma ocasião especial, mesmo que seja algo rotineiro. Não é a busca por coisas especiais que encontramos alegria, mas sim na prática de tornar especiais as coisas do dia a dia.

Desfrute o casamento: A alegria no casamento também não deve ficar de fora. Ao invés de ficar preocupado com os planos de Deus que não foram revelados, e viver uma vida desordenada, procure desfrutar com fidelidade e santidade dos prazeres, do amor e do companheirismo conjugal. Da vida, o homem deve receber as riquezas (bênçãos) como um dom de Deus e simultaneamente ser capacitado por ele a desfrutar delas (Ec 3:13; 5:19).

Lembre-se, não é errado ficar triste, errado é deixar que a tristeza excessiva (Lc 22:45) nos consuma a ponto de nos tornarmos irresponsáveis no trabalho, na família, na igreja etc. Persistimos porque temos esperança em Cristo, mas “esperar na esperança” é o mesmo que “crer na fé”, ou seja, ter “fé na fé”, e isso não ajudará em nada, pois precisamos encarar a vida honestamente, e não seguir uma falsa esperança para encarar a morte. Trate a morte com reverência, ou seja, não fique inventando nomes delicados para a morte.

Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram” (1Ts 4:14). Cremos que Jesus morreu e ressuscitou, e ele voltará com aqueles que adormeceram com ele. Este é o maior consolo para aqueles que estão tristes a aflitos por causa da perda de um ente querido. A esperança cristã é contrária a desesperança pagã.

Em Apocalipse 1:18, Jesus diz: “[eu sou] aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”. Cristo também sofreu a morte, mas ele ressuscitou dos mortos. Ele “tem as chaves da morte e do inferno”, ou seja, autoridade e poder sobre a morte para que ela não cause danos ao crente. O crente que morre em Cristo, é recebido por Ele no céu, e em sua segunda vinda, Cristo irá reunir novamente o corpo e a alma dos crentes em um novo corpo glorificado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que as redes sociais têm um impacto negativo maior nas meninas que nos meninos?

Vimos no artigo anterior que no começo da década de 2010 houve um declínio da saúde mental em muitos países, indicado por um aumento acentu...