
4º Dia: “Disse também Deus: Haja luzeiros
no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam
eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no
firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. Fez Deus os dois
grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite;
e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a
terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as
trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia” (Gn 1:14-19).
No quarto dia Deus trouxe à existência os corpos celestes. O verbo
hebraico utilizado nesta passagem foi ‘asah, que significa trazer algo à
existência daquilo que já existe, ou seja, Deus está criando algo do que já
havia sido criado anteriormente nos três primeiros dias. O elemento químico
predominante numa estrela é o hidrogênio que também é o elemento químico
predominante na molécula de água (H2O). Em Gênesis 1:2 vemos que já
havia água no primeiro dia, ou seja, o elemento químico necessário para a
criação (‘asah) das estrelas já existia (Adauto Lourenço – Gênesis
1&2). No primeiro dia o Senhor Deus trouxe à existência a energia
manifestada em forma de radiação eletromagnética, a luz visível no espaço
sideral, independe de uma estrela. A luz visível e os corpos celestes são duas
coisas distintas. A maioria dos corpos celestes conhecidos e estudados pela
ciência atual, como planetas, as luas, as estrelas, e as galáxias, foram
trazidas a existência no quarto dia da criação. Eles não passaram por estágios
evolutivos.
Os corpos celestes foram
colocados em posições específicas e estratégicas para o bem do planeta Terra.
Um exemplo disso seria a estrela que guiou os magos até Belém, aquela estrela
seria um sinal de que o Rei dos Judeus (Jesus) havia nascido (Mt 2:2). Existem
três vezes mais estrelas no céu do que os grãos de areia de todas as praias e
de todos os desertos do planeta (Dr. Simon Driver; Pieter G. van Dokkum,
Charlie Conroy). Essa é a grandeza do Deus Yahweh que reina sobre todo o cosmos
descrita de forma tão simples.
5º Dia: “Disse também Deus: Povoem-se as
águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o
firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os
seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas
espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era
bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as
águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Houve tarde e manhã, o
quinto dia.” (Gn 1:20-23).
No quinto dia Deus cria os
animais que vivem na água e os animais que voam no ar. É interessante
observarmos que o verbo hebraico usado para criar aqui é bara’, que significa
trazer algo à existência daquilo que ainda não existe. A água não produziu os
animais aquáticos, foi Deus que os trouxe à existência. A vida aquática foi
criada na água, ou seja, Deus não os criou de algo que já havia criado
anteriormente nos três primeiros dias. O significado correto da palavra
hebraica traduzida como “aves” é “criatura que voa”.
A palavra hebraica traduzida
por “espécie” significa um tipo básico, o qual seria um organismo cuja forma
original seria geneticamente polivalente, capaz de produzir variações. O que
isto quer dizer? Que Deus poderia facilmente ter criado um único tipo básico do
qual os cães, os lobos, as raposas, os coiotes, os chacais e as hienas teriam
sido descendentes. Deus não precisaria ter criado todas as raças de cães que
conhecemos hoje. Um único casal variante e proveniente do tipo básico original
teria, ao logo do tempo, produzido as demais variações (raças). Em outras palavras, variações genéticas não
são evolução! Não estamos falando de um ancestral comum como os
evolucionistas propõem. Falaremos mais sobre isso no próximo artigo onde
estudaremos o sexto dia, o último dia da criação. Até lá!