Nossas emoções são moldadas pelo que nós amamos e valorizamos. Por isso é importante aprender a lidar com as emoções (identificar, examinar, avaliar e agir) e saber o que elas fazem (comunicam, relacionam e motivam).
O que a ira comunica? A ira diz: “Isso
é errado”. A ira é uma emoção fundamentalmente moral. É por este motivo que a crença contemporânea de nossa
cultura secular (woke) está perdendo cada vez mais o senso de certo e errado por considerar
como o pior dos pecados o “chamar a ação de outra pessoa de errada”.
O julgamento moral e a ira justa
contra o mal, são na verdade, aspectos essenciais do amor (Rm 12:9). O holocausto judeu, o abuso infantil, o assassinato
e o tráfico sexual são exemplos do inferno que penetra o nosso mundo através de
homens perversos.
A ira está correta em dizer que essas
coisas são terrivelmente erradas. Esse tipo de ira flui do amor: a ira boa. Amar
profundamente é estar profundamente irado quando as pessoas que amamos são
vítimas de injustiças.
O amor e ódio são emoções
inseparáveis. Aliás, o oposto do amor não é ódio, mas apatia. O mal triunfa exatamente quando os isentões apáticos ficam de braços cruzados. A ira comunica o amor
protetor pelo que Deus ama.
Já a ira pecaminosa transmiti um
interesse próprio que diz: “obedeça a minha lei e à minha vontade ou sofra a
minha cólera”. A ira pecaminosa é um terreno elevado fabricado por minhas
próprias preferências soberanas.
A ira pecaminosa oferece a experiência de fazer-se Deus, de ser o legislador, juiz, júri e ordenar o mundo de acordo com o que eu gosto. A ira más é totalmente arrogante.
REFERENCIAL
TEÓRICO
GROVES, J. Alasdair; WINSTON T. Smith. Organize suas emoções. São José dos Campos: Fiel, 2022.