Para
muitos o objetivo da vida é construir um legado, fazer seu nome grande e
duradouro. O anseio por grandeza tem influenciado muitas decisões e escolhas.
Muitos pais e pastores inculcam nos jovens desafios elevados para marcarem uma
geração e verem o quão longe chegaram.
O anseio por um legado e o de fazer nosso nome grande pode se tornar facilmente em um ídolo devido ao orgulho enraizado ao nosso potencial pecaminoso. Em Rute 4, Boaz não está preocupado com seu nome, ele deseja servir e usar seu nome e o seu dinheiro para abençoar Rute e Noemi.
Boaz
era um “parente resgatador” (Lv 25:25-34), naquela época o parente resgatador
poderia salvar os familiares da pobreza pagando suas dívidas e dando-lhes um
recomeço. A questão aqui é que quem comprasse as terras de Noemi teria que
levar Rute como esposa e suscitar descendência ao nome do seu falecido marido
(lei de levirato).
Havia
um Sr. Fulano na história que se interessou em comprar as terras (Rt 4:1), mas
logo que ficou sabendo sobre a responsabilidade de se casar com Rute ele decide
que não irá resgatar, pois isso significaria para ele um custo alto sem
retorno, pois o seu nome, parte de seus bens e o seu legado seriam perdidos.
A
ironia é que buscando fazer um nome para si mesmo ao invés de ajudar os que
precisam, seu nome sequer é mencionado na Bíblia. Boaz, por outro lado, mais
preocupado em servir do que construir um legado é até hoje lembrado e elogiado.
O
desprendimento e a generosidade de Boaz o colocam na história da redenção,
porém, o Sr. Fulano se torna irrelevante na história da redenção. Assim como o
Sr. Fulano, nós colocamos nossos interesses em primeiro lugar. Precisamos estar
atentos ao bem que deixamos de realizar por causa do custo.
Quais
obras você continuaria fazendo se soubesse que ninguém ouviria falar delas?
Boaz nos lembra de Jesus. Ele é homem como nós. Ele se importa com nossa
situação complicada, estava debaixo das obrigações de forma voluntária e
custosa.
A
humilhação de Cristo consistiu em nascer em uma condição baixa, submisso à lei,
em sofrer as misérias desta vida, a ira de Deus e amaldiçoado a morte de cruz.
Ele arriscou seu nome, foi chamado de demônio. Ele é a sabedoria de Deus, e foi
chamado de louco. Foi acusado de mentir.
Muitos
pais e pastores estão mais preocupados em anunciar primeiro o nome da família e
o nome da igreja devido ao seu anseio por construir um nome. Ao invés de buscar
construir um nome e fama, importe-se mais em construir, trabalhar e proclamar o
nome do nosso Senhor Jesus. Pare de se preocupar em fazer seu nome grande,
sirva e ame a Cristo.
REFERENCIAL
TEÓRICO
GAROFALO,
Neto Emílio. Redenção nos campos do Senhor: as boas novas em Rute.
Monergismo, 2019.
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