Em categorias mais amplas o maior desafio atualmente está entre o teísmo contra o naturalismo. O teísmo é a crença de que há um Deus transcendente que criou Universo. O naturalismo é a crença de que as causas naturais sozinhas são suficientes para explicar tudo o que existe.
O naturalista relativiza os padrões
morais, pois se a natureza é tudo o que há, então não há uma fonte
transcendente de verdade moral, por consequência podemos construir nossa
própria moralidade. Em contraste, os cristãos acreditam que Deus tem falado,
que revelou um padrão moral absoluto e imutável de certo e
errado.
Com seu relativismo moral, os naturalistas
tratam todas as culturas moralmente equivalentes, ou seja, como não há
um Deus, eles acabam achando sua identidade somente em uma raça, gênero ou
grupo étnico. Os cristãos podem apreciar a diversidade cultural desde que a
verdade de Deus não seja igualada a uma perspectiva limitada de um grupo,
julgando todas as práticas particulares de uma cultura como certas ou erradas.
Os naturalistas têm uma noção de que a natureza
é essencialmente boa e que se criarem estruturas sociais econômicas certas
encontrarão uma era de harmonia e prosperidade. O cristão por sua vez sabe ou
deveria saber que isso é uma utopia, pois o pecado é real e a
maldade humana e a desordem devem ser controladas por leis justas.
Enquanto os naturalistas só consideram o
que acontece neste mundo, nesta época e nesta vida, os cristãos têm uma
perspectiva da eternidade. Se não há base absoluta para a moral os
seres humanos criam seus próprios padrões e o resultado é um relativismo
ético radical.
Qual é o valor da vida? Por que estamos
aqui? Essas questões estão ligadas à nossa origem (criação). A ética
naturalista está afetando grandemente a sociedade quando vemos professores,
políticos e magistrados dizendo que o aborto é uma questão de “saúde pública”,
ou um “bem positivo”. Estamos vendo uma mudança da cultura da vida para uma cultura
da morte.
“Penso, logo existo” disse René Decartes.
Com disso Decartes liberou a ideia de que a mente humana, não a de Deus, é a
fonte da certeza. Seu slogan tem levado pessoas acharem que seu corpo
e sua existência são determinados pelo que elas pensam.
A única cosmovisão que fornece a
base mais forte para dignidade humana é a visão judaico-cristã, conforme
está escrito: “E criou Deus o homem à sua imagem; (...) macho e fêmea os criou
(Gn 1:17). A cosmovisão naturalista coloca o controle da população acima
da dignidade humana para preservar a “mãe natureza” e coloca o homem no mesmo
nível dos direitos dos animais.
Uma cultura que não luta para preservar a dignidade humana (que defende o desencarceramento, o aborto e a maconha) tem apresentado uma “bondade” disfarçada de egoísmo (autonomia moral do indivíduo). Uma sociedade egoísta não pode durar por muito tempo.
REFERENCIAL
TEÓRICO
COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
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