
Olhando
para o nosso contexto cultural, a cada início de ano estamos presenciando em
nosso país e no mundo os desastres naturais, como chuvas intensas, furacões,
rompimento de barragem de rejeitos de minério de ferro de duas empresas que
atuam no ramo de extração de minério em nosso país, doenças sendo espalhadas
rapidamente, e etc.
Em
25 de janeiro de 2019, a queda da barragem da Vale em Brumadinho-MG deixou 270
mortos, sem contar dois bebês que ainda estavam na barriga das mães. Segundo
dados da prefeitura da cidade, o consumo de ansiolíticos cresceu 79% e o de
antidepressivos, 56%, devido as consequências dolorosas das perdas que estas
pessoas sofreram. Em 2015, a cidade de Mariana-MG, também sofreu com a queda da
barragem da mineradora Samarco (controlada pela Vale e BHP), deixando 19
mortos (Fonte: Revista Exame, edição 1202).
Este
ano, as chuvas que caíram entre os dias 23 a 27 de janeiro em Minas Gerais
causaram mais de 50 mortes e desabrigaram 18.000 pessoas. No Espírito Santo, 9
pessoas morreram em 11 dias de chuva, e outras 10.500 ficaram impossibilitadas
de voltarem para suas casas. E o que dizer sobre as chuvas intensas em São
Paulo neste mês de fevereiro/2020?
Em
2003 a doença respiratória chamada “sars” na China matou 813 pessoas, uma morte
a cada 10 infectados, sendo 8.437 infectados. Em 2015 uma síndrome respiratória
chamada “mers” matou 36 pessoas na Coreia do Sul, causando um prejuízo de 8
bilhões de dólares em apenas duas semanas. O HIV descoberto em 1983, causador
da AIDS, fez cerca de 70 milhões de vítimas em 35 anos.
Agora,
uma nova epidemia se espalhou na cidade de Wuahn na China, o Coronavírus. Sua
origem é desconhecida, existe a suspeita que ele veio de animais (morcegos e
cobras). A taxa do coronavírus até no início do mês de fevereiro estava em um
óbito a cada 46 pacientes. Mais de 6.000 pessoas foram contaminadas em apenas
dois meses. O impacto na economia é grande. Muitas empresas multinacionais
estão suspendendo suas atividades e outras fechando as portas na cidade.
O
que mais chamou atenção com relação ao coronavírus, foi a lentidão das
autoridades chinesas com relação a gravidade do vírus, buscando tranquilizar as
pessoas. Oito pessoas chegaram as ser presas acusadas de “espalhar rumores”
sobre a epidemias em dezembro/2019, dentre elas destaco o médico cristão Dr. Li
Wen Liang, que morreu contaminado pelo vírus no dia 07.02.2020.
Infelizmente
estamos vivenciando uma crise na liderança política e religiosa no mundo. Estes
líderes espalhados pelo nosso planeta, estão mais preocupados em encobrir os
escândalos e as deficiências de seus partidos, em vez de fazer o que seria necessário
para reagirem aos problemas. As tentativas de protegerem a imagem de seus
partidos, estão minando os esforços iniciais de contenção desses problemas.
Esta falta de cuidado inicial da China irá custar caro não só para a população
chinesa, como para o mundo, pois muitos serão infectados e mortos, e a economia
será enfraquecida. O pior é que, quando cantarem vitória contra o surto atual,
darão créditos aos próprios líderes, porém, a verdade é justamente o contrário,
eles são os principais responsáveis.
Os
relatos bíblicos nos mostram homens valentes que se dispuseram para pregar a
verdade, e encontraram muitos obstáculos pela frente:
- · Moisés foi acusado de querer ser o líder do povo de Israel devido a inveja de seus opositores - (Números 16:313; Salmos 106:16)
- · Elias foi acusado de perturbador de Israel - (1 Reis 18:17-18)
- · Micaías, o único e fiel desprezado. Dos 400 profetas que serviam Acabe, ele foi o único que disse a verdade. E por esse motivo foi preso com escassez de pão e água - (1 Rs 22:5-9; 14;27)
- · O profeta Jeremias foi acusado injustamente para não profetizar - (Jeremias 18:18)
- · Zorobabel juntamente com o povo de Judá sofreram oposição para que parassem com a reconstrução do Templo do Senhor e foram acusados de rebeldia contra o rei - (Esdras 4:4-6)
- · Neemias quando reuniu o povo de Judá para reconstruírem os muros de Jerusalém foi acusado de tramar uma revolta, acusado de rebeldia contra o rei e de querer se tornar o líder do povo - (Neemias 2:19; Neemias 6:6-7)
- · Jesus foi acusado de incitar revoltas! - (Lucas 23:5)
- · O apóstolo Paulo foi acusado de promover tumultos - (Atos 24:5-6)
Apenas
uma observação final!
Nossas
ações não mudam os decretos de Deus, ou seja, elas não impedem que pessoas
sejam mortas (Sl 139:16; Jó 14:5), mas impedem que sejamos responsáveis por
tais mortes. Tudo que Deus ordenou e pré-estabeleceu será cumprido. Mesmo que o
homem deixe de praticar a vontade preceptiva, Deus irá cumprir seus propósitos.
Aí entra a responsabilidade de nossas decisões. Por exemplo, se como engenheiro
eu falsifico um laudo técnico de uma barragem ou de uma obra qualquer, não
alertando as possíveis quedas que poderão ocorrer, eu serei o responsável, e
irei prestar contas a Deus dessas vidas. Se como contador, como médico, como um
comerciante, como um pastor, como prefeito, eu deixo de cumprir com os meus
deveres, escondendo informações para engrandecer o meu partido, a minha igreja,
o meu escritório, a minha loja, o meu consultório, deixando de alertar e ser
fiel as pessoas sobre a verdade, eu serei responsável pelos seus prejuízos e
perdas causados nestas vidas, e prestarei contas a Deus por isso.
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