
Em fevereiro de 2014, foi publicado pela Revista
Exame um artigo chamado: “O aperto é geral: Um estudo mostra que os estados aumentam os
gastos acima da receita e cortam investimentos. Era de esperar. A Federação
brasileira está cada vez mais fragilizada”.
Um levantamento exclusivo feito pela RC Consultores
mostra que, desde 2005 a 2013, os gastos dos estados com despesas correntes –
isto é, com pessoal, custeio, juros, dívida e transferência aos municípios
saíram de uma média de 85% da receita para 95%. O superávit primário das
unidades da Federão vinha piorando a cada ano. “A situação fiscal dos estados é sinal de que a epidemia de descontrole
das despesas não atinge só o governo central”, disse Paulo Rabello de
Castro, sócio da RC. “A doença está espalhada
por toda a Federação”. Brasília, o governo federal, culpou os estados por
não terem alcançado a meta de superávit primário de 2013. Era só os estados
terem seguido o “bom exemplo” do governo federal em realizar as manobras contábeis,
ou seja, “contabilidade criativa” (contabilizar receitas que não existem e
deixar de contabilizar gastos públicos) assim o superávit teria alcançado os
objetivos pretendidos. Aliás, esta é uma das causas de estarmos vivenciando um
tempo de crise como este, veja aqui.
Sei que eu vim de uma família pobre, estudei toda
minha vida em escolas públicas com pessoas de diversas raças e classes sociais
e fiz muitos amigos. Não fiquei culpando e especulando se um determinado
governo pagaria uma bolsa de estudos para me “dar” uma oportunidade de cursar
uma graduação, eu trabalhei durante o dia para pagar minha faculdade que
cursava a noite.
Porém, o que eu vejo hoje, é uma geração
influenciada por este pensamento doentio, da ideologia de esquerda, em que o
pobre só tem condições de fazer uma faculdade se "eles", da esquerda, estiverem no
poder para “dar” essa oportunidade para eles.
Estes jovens influenciados pela ideologia de
esquerda, estudam em universidades estaduais e federais e recebem bolsas para
estudar. Para eles o mundo é divido em opressores e oprimidos, onde todos os
bons são oprimidos e todos os que discordam são opressores, devendo por isso ser
cooptados, silenciados ou eliminados. Para os direitistas ou liberais, aqueles
que discordam de suas posições são adversários políticos, não inimigos a ser
destruído. Para eles, a democracia é o convívio pacífico de ideias divergente. Mas
a mentalidade esquerdista antiliberal é binária: “nós” e “eles”, os “bons” e os
“maus”, os revolucionários e os reacionários, a esquerda a e direita.
O esquerdista não vê a política como “a arte do
possível”, mas “como um instrumento revolucionário para transformar a sociedade
e até mesmo a natureza”.
O esquerdismo não aceita a pluralidade partidária,
a alternância de poder ou o dissenso. Toda voz discordante do esquerdismo deve
regulada, barrada, proibida quando possível ou ridiculariza e marginalizada
(Franklin Ferreira).
A palavra Revolução é caracterizada pelos seguintes
aspectos:
- Violência necessária
- Remoção completa de cada aspecto do sistema estabelecido
- Construção de uma ordem social totalmente diferente de acordo com um ideal teórico
Um estudante evangélico deveria saber que a Reforma
Protestante do século 16, segue o princípio bíblico de “reforma”, e se opõe a
cada um desses três pontos. A reforma enfatiza a necessidade de evitar a
violência, tanto no sentido ordinário de arrancar com força física ou psicológica
quanto no sentido histórico de arrancar e deslocar a estrutura social.
“Não importa
o quanto a nova vida em Jesus Cristo possa ser dramática, ela não busca destruir a estrutura de uma
dada situação histórica. Em segundo lugar – e isso é particularmente importante
-, ela reconhece que nenhuma ordem social estabelecida é absolutamente
corrupta; assim, nenhuma ordem social precisa ser totalmente condenada. E, em
terceiro lugar, ela não coloca a sua
confiança em planos e concepções da sociedade ideal alcançada por especulação
científica ou pseudocientífica. Em vez disso, ela toma a sua situação
histórica como ponto de partida, atenta à determinação apostólica: “julgais
todas as coisas, retende o que é bom” (1 Ts 5:21)” (Albert M. Wolters)