quinta-feira, 19 de março de 2015
A PALAVRA DE DEUS POSTA EM EVIDÊNCIA, OPRESSÃO E VIOLÊNCIA VIRÃO PARA SUPRIMIR A VERDADE
Os relatos bíblicos nos mostram homens valentes que se dispuseram para pregar a verdade, e encontraram muitos obstáculos pela frente:
Moisés foi acusado de querer ser o líder do povo de Israel devido a inveja de seus opositores.
(Números 16:313; Salmos 106:16)
Elias foi acusado de perturbador de Israel.
(1 Reis 18:17-18)
Micaías, o único e fiel desprezado. Dos 400 profetas que serviam Acabe, ele foi o único que disse a verdade. E por esse motivo foi preso com escassez de pão e água.
(1 Rs 22:5-9; 14;27)
O profeta Jeremias foi acusado injustamente para não profetizar.
(Jeremias 18:18)
Zorobabel juntamente com o povo de Judá sofreram oposição para que parassem com a reconstrução do Templo do Senhor e foram acusados de rebeldia contra o rei.
(Esdras 4:4-6)
Neemias quando reuniu o povo de Judá para reconstruírem os muros de Jerusalém foi acusado de tramar uma revolta, acusado de rebeldia contra o rei e de querer se tornar o líder do povo.
(Neemias 2:19; Neemias 6:6-7)
Jesus foi acusado de incitar revoltas!
(Lucas 23:5)
O apóstolo Paulo foi acusado de promover tumultos.
(Atos 24:5-6)
Não desanime, nem perca a coragem, pois as mesmas coisas que agora vemos sobrevieram a estes homens no tempo deles. Quando lemos então os conflitos que os apóstolos estavam “causando” pela semeadura do evangelho, com tanto escândalos eles não desistiram, pelo contrário, se lembraram que
Jesus Cristo é a pedra de tropeço e de ofensa para ruína e ressureição de muitos e um sinal de objeto de contradição (Is 8:13-15; Rm 9:33; Lc 2:34).
A característica perpétua do evangelho mostrada pelo apóstolo Paulo é: cheiro de morte para morte, para os que perecem, e cheiro de vida para vida, para os que são salvos (2 Co 2:16)
“Certo é que a própria verdade dá testemunho em nosso favor, sendo evidente que nós com sinceridade tememos e honramos a Deus, desejando que, com a nossa vida e com a nossa morte, o seu nome seja santificado”.
“Certamente a igreja de Cristo tem vivido e viverá enquanto Cristo reinar à destra de seu Pai – pois, pelas mãos de Cristo, ela é sustentada, por sua proteção ela é armada e pelo seu poder é fortalecida.
(João Calvino, Carta ao Rei Francisco da França - 1536)
sábado, 14 de março de 2015
O Décimo Mandamento
“Não
cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o
seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma
que pertença ao teu próximo” (Êx 20:17)
Olá querido leitor, estamos
concluindo nossa sequência de estudos sobre os Dez Mandamentos e tenho certeza
que você e eu fomos muito abençoados com estas ordenanças do Senhor para nossas
vidas.
A finalidade deste mandamento é
mostrar que Deus quer que o nosso coração esteja cheio do amor cristão e pela
disposição caridosa com o nosso próximo (Fl 2:4), afastando do nosso coração
todo desejo que seja contrário ao amor (Rm 12:14,15). Não devemos acolher
nenhum pensamento que possa induzir ou incitar nosso coração a concupiscência
ou cobiça (Cl 3:5; Tg 1:14,15; 1 Jo 2:16), pois com estes maus pensamentos
podemos levar o nosso próximo a sofrer algum tipo de dano ou prejuízo (Catecismo
Maior de Westminster 147, 148).
Cobiçar é desejar o que é do
outro já a inveja é pior, é se incomodar com o que os outros têm. Ambos
sentimentos são extremamente negativos, pois no fundo quando uma pessoa se
apega a algo que não é seu, ou é porque quer para ela mesma (cobiça) ou porque
deseja que o outro não tenha algo (inveja). Calvino faz uma observação
interessante sobre a diferença entre a intenção e a cobiça (CALVINO,
As Institutas, I, p. 210, 2006). Pois se o Senhor proibiu o adultério, o
furto, o ódio e mentira com isso proibiu também todo desejo de causar dano,
enganar e roubar. Então por que proibir agora, separadamente, o cobiçoso desejo
dos bens alheios? Existe uma diferença entre propósito e concupiscência. Ele
chama de propósito a intenção deliberada da vontade, quando o coração do homem
é vencido e subjugado pela tentação. E a concupiscência ou cobiça pode ocorrer
sem essa deliberação ou consentimento, quando o coração é apenas afagado e
incitado a praticar alguma maldade. Nosso maior problema é quando não damos
importância a nossa retidão interior, “jamais
podemos ter no pensamento algum desejo sem que o coração seja tocado e
inflamado por esse desejo” (Calvino). De nada adianta não praticarmos uma
imoralidade física se nossa mente estiver repleta de fantasias condenadas por
Deus em sua palavra (Mt 5:27,28). Não podemos deixar que o nosso coração seja
provocado ou incitado por estes males. A cobiça começa pelo permitir o contato
visual. O desejo entra em seu coração através do estímulo visual suscitado. O
pecado começa pelo desejo e pela imaginação, o mal depois de concebido dá a luz
a iniquidade (Pv 6:25; Is 59:4). Martinho Lutero disse: “Você não pode evitar que os passarinhos voem sobre a sua cabeça, mas
pode evitar que eles façam um ninho nos seus cabelos.”
A melhor forma de deixarmos
essa vida de fantasias e desejos cobiçosos é viver uma vida de pleno
contentamento com a nossa condição. A Bíblia nos ensina que grande fonte de
lucro na vida de um homem que encontrou Jesus é viver com piedade e
contentamento (1 Tm 6:6). “Tendo sustento
e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6:8). Para o mundo
globalizado, sucesso é obter um diploma universitário, ter um carro zero
importado, adquirir um apartamento próprio e conquistar a presidência de uma
grande empresa. É chegar preferencialmente ao topo. O pior é que este
pensamento tem sido ensinado por falsos mestres na igreja. “Contentamento significa uma suficiência interior que nos mantem em paz
apesar das circunstâncias exteriores” (Wiersbe; Fp 4:11; Hb 13:5; Jó 1:21).
“A maior vitória é estar bem no lugar em
que está, satisfeito com o que se tem.” (Willan Douglas & Rubens
Teixeira). O verdadeiro contentamento vem da piedade no coração, não do
dinheiro. O povo de Israel depois que foi liberto da escravidão no Egito
iniciou sua jornada para terra prometida e no meio do caminho quando
encontraram obstáculos e desafios ao invés de olharem para o alvo voltaram seus
olhos para trás e desejaram voltar para escravidão, passaram a murmurar (1 Co
10:10; Êx 16:2). Anos mais tarde o povo de Judá começou a se lembrar dos seus
dias de mocidade em que se prostituia na terra do Egito (Ez 23:19). Eles
estavam incitando seus corações a cobiçarem e desejarem coisas das quais eles
haviam sido libertos pelo Senhor. Não é à toa que muitos homens casados deixam
seus lares, esposas e filhos para viverem todas as fantasias e desejos
cobiçosos de lembranças do passado, se esquecendo que exatamente estas mesmas coisas
que antes os escravizavam, um dia foram pregadas na cruz e pelo sangue da Cruz
de Cristo libertos da escravidão do pecado e pela sua ressureição justificados
(Rm 4:25). A cobiça demonstra um coração infeliz sem contentamento. O cobiçoso
não consegue focar sua visão no alvo das promessas, seus olhos fixam somente
nas circunstâncias visíveis, não vive pela Fé, porém, o justo vive pela sua Fé
(Hc 2:4; Jo 3:36; Rm 1:17; Hb 10:38).
“Aquele que vê a beleza da santidade ou do verdadeiro bem moral vê a
maior e mais importante coisa do mundo” (Jonathan Edwards). Renda-se a
Cristo, somente pela Fé podemos encontrar a verdadeira paz com Deus e
contentamento na esperança da sua glória (Rm 5:1,2)!
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