“Não
tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão” (Ex 20:7)

As pessoas blasfemam o nome de Deus
quando o usam numa linguagem vulgar, quando fazem uso do seu nome para o mau,
como para servir à feitiçaria, à necromancia, a conjurações mágicas ilícitas e quando
fazem um juramento ou promessa e não cumprem seu compromisso. O juramento é o
abuso mais comum ao nome de Deus entre as pessoas. Mas, o que é juramento? Juramento é um atestado dado por Deus para
confirmar a veracidade da nossa palavra (CALVINO, As Institutas, I, p. 186,
2006). O juramento é autorizado pela palavra de Deus tanto na Antiga Aliança
quanto na Nova Aliança, porém, somente em assuntos graves e importantes. Mesmo
que seja um juramento verdadeiro, se for por um motivo supérfluo, quando
mencionamos o nome do Senhor, estamos rebaixando sua
honra, pois estamos tomando o nome de Deus em vão. A pessoa que vive um
testemunho falso cheia de pecados ocultos, e mesmo assim com sua boca professa
o nome do Senhor ela está profanando seu nome. Foi isso que Josué querendo
constranger Acã a confessar a verdade, disse-lhe: “Filho meu, dá glória ao Senhor” (Js 7:19). Naquela época os homens
temiam blasfemar o nome do Senhor, pois eram punidos de morte por apedrejamento
(Lv 24:16) e Acã havia escondido coisas condenadas pelo Senhor. Deus sofre
grave desonra quando perjuramos em seu nome, pois estaremos difamando e
fazendo-o mentiroso.
Aquele que jura por outros
nomes (Ex 23:13) também está profanando o nome do Senhor, que é o caso de
homens que tomam nomes de santos, jurando por “São Tiago” ou por “Santo
Antônio”. Jesus ensina que não devemos jurar por nenhum outro nome que não seja
o nome de Deus e da maneira como a lei permite, com temor e reverência (Mt
5:33-37; Hb 6:13-17; 2Co 1:23, Dt 6:13, Dt 10:20; Ex 22:11, Confissão de Fé de
Westminster 22:1, 22:2, 22:3). Os judeus temiam profanar o nome do Senhor
porque isto lhes custaria a vida (Lv 24:16, Lv 19:12). Foi por esta mesma razão
que Jesus quase foi apedrejado por eles quando disse: “Antes que Abraão existisse,
EU SOU” (Yahweh), para referir-se a si mesmo, o que eles
consideraram uma blasfêmia (Jo 8:58).
Conclusão: Nós podemos professar muito amor com a nossa boca e com
nossos lábios honrar a Deus com belas palavras de adoração, porém, nosso
coração pode estar longe do Senhor (Ez 33:32; Is 29:13). Para santificar o nome
de Deus é necessário antes santificar a Cristo, como SENHOR, em nosso coração
(I Pe 3:15). Somente ele conhece nossos corações, então reflita antes de falar
no nome do Senhor, não aja precipitadamente (Pv 19:2), mas comece hoje a
produzir bons frutos (Is 5:4) e que sejam para glorificar e santificar o nome
do Senhor Jesus através de um comportamento adequado confirmando a fé que você
professa.