Antes de publicar qualquer conteúdo nas mídias sociais, reflita antes e pergunte a si mesmo: “Por que estou escrevendo esse texto, estou visando engrandecer meu nome, ofender alguém, dar indiretas ou glorificar a Deus edificando a vida das pessoas? ”
A
verdade, mesmo do ponto de vista de uma pessoa sincera, pode ser tendenciosa.
Tendemos a ver o que esperamos ver: observamos, lembramos e passamos adiante as
informações que apoiam nosso ponto de vista, mas não temos a mesma motivação
quando os indícios apontam para o lado oposto.
O
cristão deve suspeitar de si mesmo (Jr 17:9), olhando para as motivações
internas do seu coração antes de sair publicando conteúdos nas mídias sociais.
Sempre existe algo ou alguém que governa nosso coração de modo que venha
controlar o comportamento.
A
pessoa que não está segura de si mesma faz críticas constantes nas mídias
sociais na tentativa de esconder suas próprias fraquezas. Essas pessoas procuram
expor outras em situações piores do que elas para poderem se mostrar
superiores.
Muitos buscam louvor nos defeitos dos outros,
fazendo uma exibição de santidade nas redes sociais, mas em seu coração se
exaltam falando mal dos outros. Suas virtudes são danificadas pela marca da
difamação e críticas constantes, estes não reconhecem que necessitam de perdão
(Tg 1:25-26).
As
publicações nas mídias sociais podem se tornar um vício que fornece alívio e
prazer temporários para aqueles que sofrem com a ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo – TOC. Para
obter alívio, essas pessoas se envolvem em certos comportamentos (muitas vezes
repetitivos) para neutralizar a ansiedade (como publicar textos saudáveis ou
textos ofensivos/críticos).
Reflita
ou anote cuidadosamente o que você estava pensando, fazendo ou querendo em cada
momento que você saiu publicando e enviando textos para as pessoas na internet.
Analise se as suas reações impulsivas
são antecedidas por algum tipo frequente de pensamentos e ações como mentira,
cobiça, ressentimento, preocupação descontrolada, medo de rejeição, desejos
imorais, desejo de controle etc.
Muitas
das reações impulsivas são antecedidas
por circunstâncias da vida que deixam
você preocupado, triste ou cansado como: enfermidade, luto, perdas, conflitos,
injustiça, ou pelo seu próprio estilo de
vida pecaminoso como: avareza, perfeccionismo, idolatria, orgulho,
indisciplina, preguiça, ira, pornografia etc.
Lembre-se,
o apóstolo Pedro era um homem impulsivo, no mesmo instante que era capaz de
demonstrar fé e coragem extraordinárias, ele sucumbia logo em seguida (Jo
18:10; 17-27; Mt 14:30). Pedro foi uma das principais testemunhas em favor da
liberdade em Cristo quando esteve na casa do centurião Cornélio (At 10:28,34-35;
11:18). Mas quando esteve com os cristãos gentios em Antioquia ele temeu o
grupo dos judeus por medo de rejeição (Gl 2:11-21).
Muitas publicações nas redes sociais parecem ser motivadas pela verdade ou fidelidade a Deus, quando na verdade são resultantes da mentira, da cobiça, do ressentimento, da preocupação descontrolada, do medo de rejeição, de desejos imorais, do desejo de controle etc. Para piorar, esta hipocrisia resultante destes pensamentos e ações, também leva outros a se desviarem (Gl 2:13; Pv 29:25). “Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova” (Romanos 14:22).