“Deus usa situações problemáticas para aprofundar a
confiança que temos nele e a nossa disposição de fazer o que ele manda,
independente de quanto isso for contra os nossos instintos naturais” (TRIPP, 2011, p.222)
Por isso, sentir-se fraco e incapaz é algo bom,
pois o que impede nosso crescimento não é o conhecimento da nossa fraqueza,
não, o que impede nosso crescimento é a ilusão de sermos fortes. Quando achamos
que somos justos e fortes, não procuramos a ajuda que Deus oferece com tanto
carinho e com tanta fidelidade. Nossa vida, nosso casamento, trabalho, ministério
não são danificados por gritos de fraqueza, mas por afirmações de força.
Todos nós gostaríamos de pensar que no fundo, somos
pessoas boas, justas, que os problemas que enfrentamos na vida existem do lado
de fora, ou seja, não estão dentro de nós. Grande engano! Sofremos do lado de
fora por causa do mal que existe dentro de nós.
Há três passagens bíblicas que falaram muito comigo
nestes últimos dias.
Em Êxodo 14 há um episódio em que o povo de Israel
estava acampado à beira do mar Vermelho. O exército de Faraó estava se
aproximando deles. Era uma situação apavorante e desencorajadora, pois eles
tinham apenas duas opções: ou largavam tudo e saiam correndo e desistindo da
esperança da Terra prometida ou se lembravam das promessas de Deus de colocar seu
inimigo em suas mãos e esperar as instruções.
Em Josué 6, Israel se deparou com uma cidade
fortemente protegida, Jericó. Uma tarefa aparentemente desencorajadora, e que
seria muito mais fácil desistir. Quem ficaria rondando os muros de uma cidade
ao alcance de armas inimigas achando que iria escapar ileso? Essa é a questão!
Os muros não caíram após a marcha do primeiro dia, nem do segundo dia. Será que
eles não pensavam que este plano fracassaria? No sétimo dia, ao som das
trombetas, os muros finalmente caíram.
“Visto racionalmente, o chamado de Deus para nós é
humilhantemente irracional. Ele nos chama para realizar trabalhos onde
encontraremos grandes obstáculos desencorajadores, mas que fazem parte do seu
plano” (TRIPP, 2011, p.222)
Em Lucas 7:36-50 vemos o episódio da mulher
pecadora que não parava de beijar os pés de Jesus se humilhando na sua presença
por crer que ele era o filho de Deus capaz de perdoar seus muitos pecados. Esta
mulher muito amou Jesus! O fariseu se dizendo justo nada fez para Jesus em sua
casa, este pouco amou a Jesus. O orgulho da própria sabedoria, habilidade e
força são enganadores. Quanto mais olhamos para o espelho da Palavra de Deus,
mais reconhecemos o quanto somos necessitados de Cristo. A ilusão de
autossuficiência diz que não preciso de Cristo.
Louvado seja o Senhor pelos obstáculos
desencorajadores e humilhantes colocados e ordenados por Deus em minha vida, pois
através dessas experiências apavorantes Ele tem revelado sua glória em minha
vida, em meu casamento, em minha família, e tem providenciado tudo que preciso.
É hora de levantar e segui-lo pelo mar, ir a batalha, se humilhando aos seus
pés, pois a graça de Deus é maior do que qualquer fraqueza que possamos
experimentar.
REFERENCIAL TEÓRICO:
TRIPP, Paul David. O que você esperava?: Expectativas fictícias e a realidade do casamento. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
REFERENCIAL TEÓRICO:
TRIPP, Paul David. O que você esperava?: Expectativas fictícias e a realidade do casamento. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.