“Não
farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos
céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás,
nem lhes darás culto; porque eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito
a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que
me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e
guardam os meus mandamentos” (Ex 20:4-6)
Caro leitor, este mês trataremos de um assunto
pertinente, pois se trata do futuro de nossas famílias, ou seja, das próximas
gerações e as conseqüências que elas poderão sofrer, devido ao zelo de Deus,
quando deixamos de confiar nele todo nosso coração transferindo sua glória para
as criaturas ou para os ídolos. Quando o próprio Deus diz ser um Deus zeloso, ele
quer dizer que leva tão a sério que a honra e adoração que lhe são devidas, sejam
exclusivamente direcionadas para ele de tal forma, que se alguém se recusa a
lhe obedecer, o Senhor declara que vingará sua majestade e sua glória que foram
transmitidas aos ídolos. Essa maldição se estenderá aos filhos, aos
descendentes próximos e distantes, pois sofrerão as conseqüências da impiedade
dos seus predecessores. Ao mesmo tempo,
a piedade dos antepassados pode ajudar a trazer bênçãos para as gerações
subseqüentes, pois Ele promete abençoar até mil gerações daqueles que o amam e
lhe obedecem.
Muitas pessoas têm interpretado
erroneamente o sentido da visitação de Deus nas próximas gerações. Sabemos que
a equidade da justiça divina jamais culpará uma pessoa inocente pelo pecado do
outro. O próprio Senhor declara que não tolerará que o filho sofra pela
iniqüidade do pai (Ez 18:14-17). Porém vemos que existem algumas afirmações que
dizem que os pecados dos pais serão punidos em seus filhos. Moisés e Jeremias
declararam que o Senhor visita a iniqüidade dos pais nos filhos (Êx 34:6,7; Nm
14:18; Jr 32:18). A maldição de Deus não cai somente sobre a cabeça do ímpio,
mas se expande sobre toda a sua família. A interpretação é bem simples se
entendermos que toda natureza humana está caída em seu estado de miséria depois
que o homem pecou no jardim do Éden. A ruína já está preparada para todos
aqueles aos quais o Senhor não comunica sua graça, ou seja, quando Deus deixa
de visitar o ímpio e seus filhos eles perecem por suas próprias iniqüidades, e
não podem se queixar com Deus, pois assim diz o Senhor: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de
quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm
9:15,16). Quando essa punição vem as pessoas que praticam a idolatria e demais
pecados, suas famílias são privadas da graça de Deus por longos anos. Essa
visitação se cumpre quando o Senhor retira da casa do ímpio a sua graça, a luz
da sua verdade, e por estarem abandonados pelo Espírito de Deus ficam sem visão,
são cegos caminhando nos mesmos caminhos de seus antepassados preservando a
maldição de Deus. Essa é a razão pela qual Deus os pune, não pelos pecados dos
outros ou de seus antepassados, mas pelos pecados deles mesmos. Em outras palavras, não existe maldição hereditária, este é um ensinamento antibíblico, se existe algo que herdamos é o pecado original nossa herança adâmica.
Por outro lado, é feita uma
promessa maravilhosa de que Deus fará misericórdia até mil gerações daqueles
que o amam. Esta é a aliança de Deus com seus filhos e com a sua igreja. Deus
conta com os pais para que as próximas gerações venham conhecer as verdades
fundamentais da fé cristã para serem passadas de geração em geração. “O que ouvimos e aprendemos, o que nos
contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura
geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Sl
78: 3,4).
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