“Não
farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos
céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás,
nem lhes darás culto; porque eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito
a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que
me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e
guardam os meus mandamentos” (Ex 20:4-6)
Caro leitor, vimos no mandamento
anterior que Deus se declara como o único Deus e que devemos prestar toda honra
e adoração somente a Ele. Um ídolo é um substituto de Deus, ou seja, hoje em
dia estes ídolos são o dinheiro, o reconhecimento, o sucesso, os bens materiais
e até mesmo pessoas.
A finalidade do segundo
mandamento é mostrar que Deus não aceita que a honra e adoração que lhe devemos
seja profanada por crenças e práticas supersticiosas. Ele quer que abandonemos
tudo aquilo que a nossa mente possa inventar que venha formular uma imagem ou
uma concepção de Deus. Este mandamento dividi-se em duas partes: A primeira é a
proibição de representar Deus por meio de alguma imagem, a segunda proíbe que
essas imagens recebam honra e adoração. Moisés disse ao povo de Israel para
guardar cuidadosamente a vossa alma, e que não viessem a esculpir qualquer tipo
de imagem na forma de ídolo, pois não haviam visto nenhuma aparência quando
Deus falou no meio do fogo no monte Sinai (Dt 4:15-18). Isaías também diz que é
desonrar a majestade de Deus querer representá-lo por meio de matéria corporal,
ou imagem visível, sendo que Deus é Espírito o que é incompreensível tentar
representá-lo (Is 40:18-20, 25). Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de
Atenas, em Atos 17:16-31, seu espírito se revoltou em face da idolatria
dominante naquela cidade. Aquela cidade não tinha conhecimento algum das
Escrituras, porém eram religiosos. Paulo disse aos atenienses que a divindade não é semelhante ao ouro, à prata
ou a pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem (At 17:29).
A pessoa que não consegue crer
num Deus invisível e sustentar sua fé pela Bíblia tem sempre a tendência de
representar Deus externamente como o
concebe em seu coração. A mente imagina o ídolo, e a mão o produz. Quando o
povo de Israel disse a Arão: “Levanta-te,
faze-nos deuses que vão adiante de nós” (Ex 32:1) eles construíram um
bezerro de ouro para lhes ajudar a enxergar com seus próprios olhos alguma
aparência corporal, que lhes servisse de testemunho de que Deus estava próximo
deles, pois julgavam estar longe deles. Note que eles tinham conhecimento do
verdadeiro Deus que os libertou do Egito e que havia operado todos aqueles
milagres.
Conclusão: O homem precisa fabricar imagens para ter certeza de que
Deus está perto dele, e quando ele cria uma imagem ele está agindo
semelhantemente ao povo de Israel quando construiu o bezerro de ouro, pois com
isso queriam dizer que desejavam estar ligados ao Deus vivo que os havia
libertado, mas com a condição de poderem ter uma recordação disso no bezerro.
Muitos cristãos hoje estão realizando cultos mistos, ou seja, temem a Deus e
servem suas próprias imagens de escultura (2 Rs 17:32,32,41), essa prática
custou caro ao povo de Israel (2 Rs 17:23). Muitos têm enganado a si mesmo
quando dizem: “Mas nós não chamamos às nossas imagens de nosso Deus”. Não importa,
seja lá o que for que estiver sobre a parede, sobre a tela do seu computador, sobre
a mesa, se isso tem a finalidade de te “ajudar a ter fé em Deus” você está
profanando a justa honra e a adoração que é devida somente a Deus por uma
crença e por uma prática supersticiosa que Deus abomina (Sl 115). No próximo
mês aprenderemos as conseqüências que isso traz para as próximas gerações, até
lá!