quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Por que existimos? E para que vivemos? – Parte ll



 Caro leitor, vimos no estudo anterior que, em Cristo, todas as coisas foram criadas, tudo foi criado por meio dele e para ele (Cl 1:16), e que o homem foi feito para o louvor da sua glória (Ef 1:12) e que devemos fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10:31). A glória de Deus independe de qualquer ação humana (At 17:25), pois a glória de Deus é a honra e o esplendor que ele possui desde a eternidade, mas, podemos resplandecer a sua luz, demonstrar a sua glória vivendo uma vida de testemunho real, em obediência e amor ao seu nome.
Neste mês aprenderemos que Deus revela sua verdade não somente pela bíblia, mas também por meio do que chamamos de “revelação natural ou geral”. Ela pode ser percebida por todos os homens. Em Salmos 19 e Romanos 1 encontramos alguns atributos de Deus revelados ao homem através da sua criação, como: a sua glória (Sl 19:1), sua sabedoria (Sl 19:2), sua justiça (Rm 1:18), seu eterno poder (Rm 1:20) e sua divindade (Rm 1:20). Porém esta revelação geral é distorcida pelo homem não regenerado, vejamos: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite” (Sl 19:1,2). “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus (...)” (Rm 1:18-21), “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1:25).
Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de Atenas, em Atos 17:16-31, seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante naquela cidade. Aquela cidade não tinha conhecimento algum das Escrituras, porém eram religiosos. Atenas era o centro filosófico do mundo naquela época. Era um cenário totalmente paganizado. É assim que os homens pagãos respondem à revelação geral, tentam suprimir e distorcer a verdade. Estes homens pagãos, consideram sua multiplicidade de deuses uma virtude, e Paulo apresenta esta virtude como ignorância dos atenienses e os conclama ao arrependimento (Rm 1:30).
Hoje estamos vivendo em uma era de “sincretismo” e “nominalismo cristão”. A mídia está tentando harmonizar todos os tipos de crenças para ligá-las a Cristo. O sincretismo é uma síntese entre a fé cristã e outras religiões, a mensagem bíblica é progressivamente substituída por pressuposições e dogmas não-cristãos. E quando a mensagem bíblica não é transmitida de maneira correta, sendo má compreendida, vemos aí o nominalismo cristão, que são pessoas interessadas pelo evangelho, mas sem verdadeira conversão. A religião falsa é produto do conhecimento pervertido que o homem tem de Deus.
Revelação geral + Pecado = Idolatria (a criação de Deus sendo adorada pelo homem decaído). Este é o impacto causado na vida do homem sem Deus. Ele é incapaz de adorar e servir o Criador, porém, adora e serve a criatura. Prostra-se perante homens e imagens esculpidas por mãos humanas, e retêm a supremacia e preeminência que é devida somente a um Deus, “que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (At 17:24) e o seu nome é Jesus. Ele o cabeça da igreja (Cl 1:18).

domingo, 18 de agosto de 2013

Por que existimos? E para que vivemos?



 É muito comum as pessoas se perguntarem por que todas as coisas existem,  por que eu existo ou qual seria o sentido real da sua existência. Todos nós temos dúvidas enquanto nossa existência. Nascemos, crescemos, estudamos, sonhamos em ter uma profissão, encontrar aquela pessoa especial para nos casarmos, sonhamos em ter filhos, vivemos em mundo onde podemos desfrutar e apreciar belas paisagens, a luz do sol, a lua e as estrelas, os oceanos, as montanhas, os animais, mas qual seria a finalidade de tudo isso? A resposta é muito simples, mas penso que até mesmo cristãos não sabem responder, pois, muitos ainda não estão vivendo “Para a Glória de Deus”. Isso mesmo, “[Em Cristo] foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1:16). “Porque dele, e por meio dele, e pare ele são todas as coisas” (Romanos 11:36). “(...) trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, a todos os que são chamados pelo meu nome, e os criei para minha glória, e que formei, e fiz” (Isaías 43:6-7). “A fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” (Efésios 1:12). “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31).
Quero deixar bem claro que a glória de Deus independe de qualquer ação humana, pois a glória de Deus é a honra e o esplendor que ele possui desde a eternidade, ou seja, a palavra “para” não quer dizer “para sua necessidade” ou “para seu benefício” Deus não “é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17:25). Viver para louvor da sua glória significa viver uma vida de testemunho real, ou seja, uma vida que resplandece sua glória, que demonstra sua glória, que vive para sua glória.
É maravilhoso vivermos para glorificar nosso Senhor. Alguns meses atrás foram publicados neste blog estudos sobre “A natureza humana”, ali aprendemos que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, isso significa que ele nos fez com atributos semelhantes aos seus, como justiça, amor, bondade, santidade, porém, o homem caiu no seu estado de miséria após ter pecado, e hoje através de Jesus Cristo podemos voltar até ele e vivermos para a sua glória até o dia da glorificação em Cristo quando ele voltar (Rm 8:17-23).
Estamos vivendo em uma época de manifestações devido à corrupção do estado. Muitos dizem que o “país acordou”, mas a mudança que todos querem deve partir de dentro para fora, e não de fora para dentro. O que quero dizer é que a essência da corrupção está em nós, eu já disse aqui e volto a dizer, “os políticos são nada menos que o espelho do povo”. Como podemos viver para glorificar a Deus se estamos comprando e vendendo diplomas, passando cheques sem fundo, defraudando, mentindo, sonegando impostos, traindo a esposa o esposo?
Ore, peça a Deus que sua família viva para glorificar a Deus, que seu casamento seja para glória de Deus, que seus filhos sejam criados para glória de Deus. Glorifique a Deus no seu trabalho, na igreja, no seu namoro, espere em Deus pela pessoa certa e seu casamento será uma benção. Glorificar a Deus é responsabilidade moral de todos os seres humanos. Termino este estudo nas palavras do Breve Catecismo de Westminster, “O fim principal do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre” e nas palavras dos reformadores, “Somente a Deus seja a glória” (soli Deo gloria).

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Separados pelo Espírito e enviados para a obra a que nos foi chamado



“Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (Atos 13:1-3).

Logo após a morte de Estêvão, o evangelho se espalhou pelos povos gentílicos devido a perseguição a igreja em Judá; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Então, estes que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão se espalharam até a Finícia, Chipre e Antioquia na Síria (At 8:1; 11:19). A palavra traduzida por “dispersos” (diaspeiro) em Atos 8:1,4 significa “espalhar sementes”, o propósito da perseguição foi exatamente para plantar os cristãos que estavam em Jerusalém em novo solo, nova terra, para gerar frutos.
Jerusalém deixaria agora de ser o centro do ministério cristão, agora Antioquia da Síria tornaria o novo centro. Paulo esteve na igreja de Antioquia durante um ano com os profetas e mestres ensinando numerosa multidão naquela igreja (At 11:26). Havia ali cinco líderes da igreja em Antioquia: Barnabé (natural de Chipre At 4:36), Simeão (provavelmente um africano de sobrenome “Níger” = “Negro”), Lúcio (de Cirene provindo do norte da áfrica), Manaém (provavelmente o irmão de Herodes Antipas) e Saulo.
O versículo 2 de Atos 13 que é o versículo chave de nosso estudo, inicia com uma ação coletiva “e servindo eles ao Senhor”. Mas como eles serviam ao Senhor? A raiz do verbo que expressa que eles “serviam” ao Senhor é “leitourgos” – o edificador (grego leitourgia = liturgia). Refere-se àquele que serve ao Senhor sendo usado por ele para abençoar e edificar o seu irmão. Eles eram “abençoadores” ou “edificadores” do corpo de Cristo. Este termo é diferente ao termo citado para os sete helenistas escolhidos para servir as mesas em Atos 6:1,2 “diakonos, diakoneo = distribuição, servir) que significa servir as necessidades do corpo de Cristo.
Note que esta característica apontada pelo texto presente na vida destes homens é o diferencial na vida de um cristão, pois eles estavam servindo a Deus em sua igreja local, eram abençoadores e edificadores, eram uma benção na igreja onde trabalhavam. Não foi por  competência intelectual, título ministerial ou conhecimento teológico profundo, mas por sua fidelidade de vida em relação aos de perto. Estes homens foram separados e enviados para uma obra missionária, porque eram benção onde atuavam. Jamais se deve enviar alguém para uma obra missionária pessoas que não são uma benção perto. Esta obra a que me refiro especificamente é ao “Plantador de Igrejas”. Se este plantador de igrejas não demonstra nenhum interesse em cooperar na evangelização no seu local de trabalho, no seu campo de ação, ele certamente não demonstrará nenhum interesse para o lugar que for enviado.
Agora eu quero fazer uma pergunta, você tem sido um leitourgos no dia a dia de sua casa? Sua esposa e seus filhos o reconhecem com esta característica? Não adianta ser um líder destacado nos púlpitos de sua igreja ou em seminários, se for um fracasso com a sua família. Tenha o testemunho de Cristo primeiramente entre os seus. Somente isto o tornará qualificado para o envio. E se nossa comunidade cristã não demonstra ser leitourgos, abençoadora com aqueles com a qual convive dia a dia, culto a culto, dificilmente fará diferença em outros lugares, jamais irá plantar igrejas. Igreja planta igrejas.
Continuando nosso estudo, o texto diz que “servindo eles ao Senhor, disse o Espírito Santo: Separai-me”. O conteúdo desta expressão “separai-me” (aphorisate), do verbo “aphorizo” também usado em Mateus 25:32 quando o pastor separa as ovelhas dos carneiros, trata-se de uma separação para uma função, ou seja, eles estariam ligados a igreja, mas agora estariam designados para uma função além da igreja local. Paulo e Barnabé seriam separados primeiramente porque foram chamados. Os líderes estavam em jejum e oração, e logo em seguida “impondo sobre eles as mãos...” trás a expressão “ epithentes tas cheiras”, que possui vasto significado. Os principais são:
  • ·         Sinal de autoridade. Significa que possuíam a autoridade eclesiástica para trabalharem em prol da igreja mesmo onde ela não estivesse presente, como comunidade.
  • ·         Sinal de reconhecimento. A liderança da igreja os reconheceria como homens dotados das qualidades e características para aquela função.
  • ·         Sinal de cumplicidade. A igreja continuaria responsável por eles, amando-os, desejando o melhor para suas vidas, até sustentando-os.
Terminando nosso estudo, onde diz “os despediram” (apelusan), do grego “apoluo” que significa “fazer as honras do envio”.  Creio que foram despedidos com um culto com a igreja reunida para enviá-los.
Concluindo, Deus tem separado nossas vidas porque ele nos chamou para sua obra na terra, na cidade onde estamos. A igreja não perde membros ela envia obreiros, ela deve entender que sua missão deve estar subordinada a Missão de Deus à “Missio Dei”. Igreja planta igrejas. Precisamos reconhecer a razão e o propósito de estarmos aqui. Fomos separados porque éramos benção onde atuávamos e hoje ele nos chamou para plantar uma igreja, uma igreja que irá futuramente plantar outra igreja. Que nossos líderes reconheçam que seus membros precisam de apoio, como sinal de autoridade, reconhecimento e cumplicidade. Impondo as mãos sobre as cabeças e abençoado os obreiros. Sem isto, o cordão umbilical é rompido. Sem jejum e oração não saberemos o que isso significa. Tudo deve ser feito para a glória de Deus, amém!




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lidório, Ronaldo. Plantando igrejas. Teologia bíblica, princípios e estratégias de plantio de igrejas. Cultura Cristã. São Paulo - 1ª Ed. 2007.
Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume I. Santo André, SP: Geográfica editora, 2006.
Bíblia de Estudo de Genebra. 2 Ed.Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2009.

sábado, 8 de junho de 2013

Por que tarda o progresso da Igreja?


Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. (Colossenses 2:6,7)

O assunto de hoje é de extrema importância para o meio em que vivemos, pois vamos estudar sobre a “Heresia Colossense”. A epístola do apóstolo Paulo endereçada aos Colossenses, por volta de 60 d.C, traz como tema: “Cristo, O Cabeça da Igreja”. A heresia que Paulo atacou foi exatamente contra a desvalorização de Cristo, pois havia uma variedade de ensinamentos que ameaçava a igreja de Colossos, essas heresias desentronizavam Cristo privando da sua preeminência e supremacia que lhe é devida.
CIDADE
A cidade de Colossos ficava no vale do rio Lico, em um distrito montanhoso, era uma dentre três cidades situadas a cerca de 160 quilômetros de Éfeso. As outras duas eram Laodicéia e Hierápolis (Cl 4:13,16). Esta região era cortada por uma rota comercial muito importante, era o ponto de encontro do Oriente com o Ocidente.
Ao longo do tempo as três cidades se desenvolveram e progrediram igualmente, más, aos poucos, a cidade de Colossos foi ficando para trás, sua importância foi diminuindo e era a cidade menos importante daquela época, ou seja, para os nossos padrões hoje, não passava de uma cidade pequena.
IGREJA
Paulo não fundou a igreja Colossense nem chegou a visitá-la. Em Colossenses Cap. 1:4,9 o texto diz que Paulo apenas ouviu falar de sua fé, ele não chegou a encontrar pessoalmente com os cristãos de lá (Cl 2:1). Os crentes colossenses tinham aprendido sobre a graça de Deus por intermédio de Epafras (Cl 1:6,7), provavelmente Epafras foi o fundador daquela Igreja e foi quem ministrou nas cidades de Hierápolis e Laodicéia (Cl 4:12,13). Epafras e Filemom (Fm 1:19) se converteram a Cristo através do ministério de Paulo em Roma. Existia um grupo de Cristãos que se reuniam casa de Filemom (Fm 1:2). Paulo assumiu autoridade sobre a igreja de Colossos, embora nunca estivesse ali, ele era o “avô da igreja”.
“Deus nem sempre precisa de um apóstolo ou de um obreiro de tempo integral para começar um ministério” (Warren W. Wiersbe). Deus usou dois homens leigos para evangelizar aquelas três cidades. Éfeso era uma região maior. É isso que os cristãos de regiões urbanas maiores devem fazer, olhar para estes campos missionários de cidades pequenas para evangelizar.

QUAL O PROBLEMA DA IGREJA?
Estamos vivendo em uma era de “sincretismo”. Muitas linhas de pensamentos estão se unindo para criar uma religião superior. A mídia está tentando harmonizar todos os tipos de crenças para ligá-las a Cristo. Elas vêm se infiltrando silenciosamente em congregações, pois nenhuma delas negam Jesus, mas retêm sua preeminência. Muitas igrejas professam Jesus, mas não andam nele, existem aquelas que estão morrendo agarradas na sua doutrina e outras que estão morrendo achando que estão no fogo do Espírito. Estão retendo a cabeça do corpo, e isso pode impedir o progresso da igreja.

O PROGRESSO ESPIRITUAL DA IGREJA

1 – A igreja deve andar em Cristo
Uma igreja que não aprendeu a caminhar em Cristo fica estagnada no tempo, não consegue se mover para lado nenhum, e qualquer passo que ela der ela tende a cair porque ainda não aprendeu a andar. Ao invés dela crescer e se expandir ela é dividida. É como uma criança que está crescendo, ela tenta se equilibrar, mas nunca consegue andar muito longe, pois está se apoiando em doutrinas, filosofias humanas, fórmulas para obter vitórias e etc. Ela vive tropeçando, pois sem a luz da Palavra é impossível saber para onde ir.
“Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai”
 (Jo 12:35).
Vemos na história que Noé foi um homem justo e íntegro entre seus contemporâneos, ou seja, num mundo totalmente cheio de imoralidade, ninguém vivia segundo os padrões estabelecidos por Deus, mas Noé andava com Deus (Gn 6:9), ele sabia em quem confiar, por isso Deus confiou em suas mãos uma obra grandiosa e ele confirmou sua fé em Deus, sendo instruído por Ele, andando nele. A igreja jamais deve se desviar do foco que é Cristo, mesmo que o mundo inteiro esteja vivendo fora dos padrões por ele estabelecidos, a igreja deve viver o verdadeiro evangelho que é a missão que Cristo nos confiou, pregar as boas novas da salvação para todos sem distinção.

2 – A igreja deve radicar em Cristo
A palavra radicar significa arraigar, enraizar.  A igreja deve fixar suas raízes em Jesus. Os cristãos devem arraigar na fé em Cristo. Uma igreja sem raiz muda de solo repetidamente, pois são levados “por todo vento de doutrina” (Ef 4:14).
“E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:17-19).
Arraigados e alicerçados em amor para compreendermos juntamente o amor de Cristo. Em profundidade, em um relacionamento íntimo com ele. Essa plenitude de Deus só pode ser encontrada por meio do Espírito Santo, alcançando “à estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13), a medida é o próprio Deus.

3 – A igreja deve edificar em Cristo
“Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado” (1Pe 2:5,6).
Os alicerces são a parte mais importante da construção, se queremos crescer bem alto, conforme “à estatura da plenitude de Cristo” nossos alicerces têm que ser profundos.
Se Cristo é a pedra angular nós somos parte de uma construção, onde cada pedra tem seu valor. Somo pedras vivas que vão edificando uma casa espiritual através de Jesus Cristo. O progresso da vida espiritual da igreja significa edificar um templo onde a glória é de Cristo. Pois tudo deve ser feito por meio dele e para ele (Cl 1:16).

4 – A igreja deve crescer em ações de graças
“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”(Cl 3:15-17).
Deve ser uma igreja que expressa gratidão a Deus pela vida e pelas bênçãos, e não pelo orgulho de se achar melhor ou mais capaz do que os outros. Tem que ser uma igreja que transborde o rio de águas vivas, cheia do Espírito Santo, que luta, que trabalha, se esforça, que sofre para que o Reino avance, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai, num só corpo, numa só fé, num só coração. Semeando o amor a palavra.


CONCLUSÃO
Para que a haja progresso espiritual da igreja ela não pode jamais reter o cabeça da igreja, Cristo! Pois todo o corpo é suprido através dele, e todas as juntas e ligamentos são vinculados nele. Sem Cristo a igreja não cresce, sem Cristo não há como progredir. O crescimento procede de Deus (Cl 2:19).
A igreja que vive o verdadeiro evangelho, que progride semeando o amor, a fé, a coletividade entre os irmãos e a unidade em Cristo está em constante luta, Paulo é prova disso, quando escreveu esta carta aos colossenses ele estava preso em Roma. Existe um preço, pois o deus deste século não quer que a luz do evangelho resplandeça, e por isso ele tem cegado o entendimento de muitos, para encobertar o evangelho (2Co 4:3,4).

domingo, 2 de junho de 2013

Conhecendo a Natureza de Cristo – Parte II


Este mês estudaremos a Pessoa e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Mediador da Nova Aliança, do pacto da Graça (Hebreus 9: 15 e 12:24). Cristo é o mediador entre Deus e o homem sendo uma só pessoa. Como assim uma só pessoa? Cristo é Deus e homem ao mesmo tempo (1 Tm 3:16). Ele possui duas naturezas:
1.       Cristo é verdadeiramente Deus (Natureza Divina).
2.       Cristo é verdadeiramente humano (Natureza Humana).
Há nele duas naturezas, divina e humana, porém, Cristo é uma só pessoa. Vimos nos estudos anteriores que o homem foi incapaz de render obediência completa a Deus, por isso foi necessário que o nosso Redentor fosse Deus, porque só Deus é capaz de Salvar, e vencer o poder do pecado trazendo vida eterna aos pecadores. Cristo também precisou assumir uma natureza humana real, pois sem ela não poderia existir salvação, pois quem pecou foi o homem, portanto somente um homem poderia ser substituto da humanidade (1 Timóteo 2:5). Jesus sentiu sede, fome, cansaço, tristeza, e muitos outros tipos de sentimentos. Por isso Ele nos conhece melhor do que ninguém, temos um amigo verdadeiro que nos compreende e sabe das nossas dificuldades. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas SEM PECADO” (Hebreus 4:15). Só uma natureza divina sustentaria uma natureza humana impedindo-a de pecar. E ao mesmo tempo só uma natureza humana seria capaz de substituir o homem em sua necessidade de obediência a Deus.
Cristo realizou sua obra aqui na terra, num “Estado de Humilhação”. Este estado consistiu no fato dele assumir uma natureza humana na forma de servo e tendo que se submeter às exigências da lei. “Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (Filipenses 2:7-8). Existe uma frase muito conhecida que diz que, “Todo homem quer ser rei, todo rei quer ser deus, só Deus quis ser homem” (Galileu Galilei). Não existe amor igual a esse. Ele foi odiado pelos seus inimigos enquanto viveu aqui na terra, foi traído por Judas, e abandonado pelos seus discípulos, escarnecido e rejeitado pelo mundo (Isaías 53:3). Ele teve de ser tratado pelo próprio Deus como se fosse um pecador (Salmos 22:1). Ele foi firme até o fim, cumpriu sua missão, e por causa da sua justiça e do seu amor ele se entregou por nós naquela cruz que deveria ser nossa. Este é o verdadeiro herói, o verdadeiro homem, o verdadeiro Deus, e seu nome é JESUS! Tendo cumprido a penalidade da lei, Ele é coroado em Glória. E agora o vemos em seu “Estado de Exaltação”, ele ressuscitou, a ressurreição de Cristo foi corporal e sua ascensão também foi corporal e visível. Ele assumiu sua glória, seu poder, sua autoridade, assentando-se a Direita do Pai e também intercede por nós (Rm 8:34). E da mesma forma como subiu ao céu ele voltará. Teremos a segunda vinda de Cristo aqui na terra com todo o seu poder e glória (Mt 24:30). Seus filhos também ressuscitarão com um corpo incorruptível e serão semelhantes a Cristo (1 João 3:2-3). Esta será a vitória final de Cristo e sua Obra Redentora.

“No lugar do juízo reinava a maldade” (Ec 3:16)

Nenhum sistema judiciário é perfeito. A justiça humana nunca é plenamente imparcial. Culpados escapam com penas leves, sejam assassinos, cor...